O dia
amanheceu e o sol ainda não apareceu na exuberância do costume, nesta época do
ano. Talvez, esteja com preguiça e só mais tarde vai dar o ar de sua graça nas
areias das praias, no jardim da casa de alguém ou em qualquer lugar, onde
corpos e mentes vão estar esperando, ansiosos para desfrutar do seu calor.
Enquanto,
escrevo sobre a preguiça do sol, ele provavelmente para mostrar que ouviu,
mesmo aparentemente adormecido, aparece mostrando-se, não resta a menor dúvida,
pouco entusiasmado, mas já iluminando as copas e os telhados, numa marcação
ainda frágil de seu território.
De repente,
como se novamente tivesse me ouvido, ele reage e se torna mais intenso,
ameaçando adentrar em minha sala, mas por enquanto, só mesmo ameaça, pois seu
brilho de recém acordado, ainda não foi capaz de me convencer de que terá
forças para iluminar por muito mais tempo, já que também de onde estou, posso
avistar algumas nuvens que insistentes, ameaçam marcar presença, mesmo que
passageira.
Neste duelo
de forças universais, cá estou quietinha como sempre, só observando e
registrando as forças empreendidas entre o sol e as nuvens, levando-me a pensar
que seja lá, quem ganhe esta batalha, a vida sempre será a vencedora, bem
diferente dos duelos humanos, onde verdadeiramente, todos perdem, não havendo
reais vencedores.
São seis
horas da manhã de domingo e muitas águas, ainda vão rolar ou serão raios
solares que virão esquentar?
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