sexta-feira, 10 de novembro de 2017

DORES DO MUNDO


De repente, enquanto preparava o café, lembrei da menina Mariana, baleada na escola, que com apenas 14 anos, perdeu os movimentos da cintura para baixo e ao mesmo tempo, parei e cobri meus olhos num pranto repentino.
E então, lembrei-me da sessão da Câmara que na realidade, mais se parece com um circo de horrores, onde o riso e o medo são pares constantes a qualquer mente razoavelmente pensante e num comparativo das dores do mundo, ambos me fazem chorar.
Um pela insensatez que caracteriza o humano nos seus infinitos graus de inadequação e o outro, pela manipulação consciente da estupidez humana.
Chorar é a forma mais rápida de desabafar o sufocamento que parece esmagar o peito contra as costas, criando a dor que chamo do mundo, onde minhas conscientizações nada podem modificar.
Esta impotência, faz doer o corpo e a alma, induzindo-me à depois do choro, escrever, caminho por onde escoo os meus lamentos.


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