De repente,
enquanto preparava o café, lembrei da menina Mariana, baleada na escola, que
com apenas 14 anos, perdeu os movimentos da cintura para baixo e ao mesmo
tempo, parei e cobri meus olhos num pranto repentino.
E então, lembrei-me
da sessão da Câmara que na realidade, mais se parece com um circo de horrores,
onde o riso e o medo são pares constantes a qualquer mente razoavelmente
pensante e num comparativo das dores do mundo, ambos me fazem chorar.
Um pela
insensatez que caracteriza o humano nos seus infinitos graus de inadequação e o
outro, pela manipulação consciente da estupidez humana.
Chorar é a
forma mais rápida de desabafar o sufocamento que parece esmagar o peito contra
as costas, criando a dor que chamo do mundo, onde minhas conscientizações nada
podem modificar.
Esta
impotência, faz doer o corpo e a alma, induzindo-me à depois do choro,
escrever, caminho por onde escoo os meus lamentos.
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