Mesmo diante de muitas críticas à minha paixão pelo ser humano que considero a cereja do bolo da incrível criação que creio ser divina, insisto.
Mesmo que tenha se distraído aqui e ali, tanto no desenho estético quanto no conteúdo, sua obra é fenomenal.
Para uma bisbilhoteira como eu, sempre fuçando nos feitos humanos, seria impossível não admirar a esplêndida beleza, a imaginativa criatividade nas artes, bem como a grandeza e perseverança das mentes humanas nas ciências e tecnologias.
Desde muito cedo, foquei-me em tudo de bom que ostentam essas preciosidades que, esculpidas pelo universo, são capazes de produzir o impensável. São ciências exatas, máquinas quase perfeitas, e é absolutamente natural que apresentem uma ou outra avaria, como tudo o mais que a natureza nos oferece, basta observá-la.
Quando passei a olhar a criatura humana sem nela projetar o meu ideal, comecei a vê-la com mais realidade. Percebi então que, como eu, ela em algum momento apresenta rachaduras físicas, morais ou emocionais, ficando a meu critério tê-la ou não em meu convívio.
Penso então: por que esperar total perfeição? Por que arrastar para mim as avarias alheias ou generalizar, como é costume, o que, aliás, é também uma forma de avaria?
Lembro-me da rosa: perfeição estética, perfume irresistível, mas que ainda assim, possui afiados espinhos.
Concluo, fascinada: tu és o que és, e eu sou o que sou.
Regina Carvalho- 13.10.2025 Tubarão SC
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