Sempre preferi o aconchego da minha casa ao barulho do mundo. Desde cedo percebi que, assim como os meus pais e irmão, encontro na rotina o conforto que muitos procuram fora.
Talvez eu seja a mais radical: gosto do silêncio, da introspeção e das viagens que a minha mente faz sem sair do lugar. Quando volto, só quero registrar as aventuras e descansar.
Muitos não compreendem como posso ser feliz entre quatro paredes, mas vivi intensamente, trabalhei, viajei, participei de projetos e me envolvi com o mundo. Apenas nunca abri mão da minha liberdade de escolher o meu tempo e o meu espaço.
Não sigo o que os outros fazem por convenção. Quando tentei, senti-me deslocada. Entre o bem-estar e a aparência social, sempre escolhi o que me salva: ser fiel ao meu modo de ser.
Se isso me torna “chata” ou “sem graça”, paciência. Prefiro ser livre a ser aceita.
E, como na “Balada do Louco”, gosto de pensar que minha loucura é apenas outra forma de felicidade.
Regina Carvalho – 16.10.2025, Tubarão SC
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