No instante em que fui abrir as janelas da sala neste amanhecer, pois, gosto de sentir o dia adentrando por vários ângulos enquanto escrevo, pensei nas minhas borboletas que andam sumidas, assim como constatei que os grilos não estavam tão animados como em outros dias, já que, somente alguns poucos espalhados pelo jardim, podiam ser ouvidos na cantoria do bom dia.
Liguei baixinho o som de netuno de chopin, sempre o meu favorito a qualquer hora do dia ou da noite e voltando a atenção para o notebook que sinalizava não ter internet, o que se tornou uma rotina a cada amanhecer, então, o jeito era ficar conjecturando sobre as borboletas e os beija-flores que parecem que combinaram e foram para outras paragens, deixando-me saudosa.
Os beija-flores pouco me são úteis, mas suas belezas enriquecem os meus olhos, mas as borboletas são extremamente presentes, além de serem fontes inspiradoras, ainda me cedem lugar em suas asas para que com elas eu possa ir e vir, nas intermináveis andanças aventureiras, safadamente discreta.
Se bem que também posso contar com os meus pássaros, todavia, são extremamente visíveis e aí, não posso viajar com eles em certos lugares, assim como o também sabiá, que sequer cogito, pois exibido como ele só, certamente me criaria enormes constrangimentos.
Então, resta-me lamentar a ausência de minhas suaves e silenciosas borboletas, torcendo para que as delicadas meninas sintam falta de mim e voltem para casa, afim de que, possamos retomar as nossas traquinagens por umas certas bandas, onde o prazer há de estar.
Saudades imensas das minhas borboletas e dos prazerosos voos que me levavam a qualquer lugar...
Qualquer lugar?
Não!!!
Somente nos melhores lugares, onde as texturas, os aromas e os sabores, são sempre especiais.
Quando retornarem, vou me regalar...
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