segunda-feira, 15 de março de 2021

APENAS UM ADEUS...

Fazem dois dias que só acordo por volta das seis horas e isto é estranho na minha vida, além de me privar do grande espetáculo do amanhecer, no entanto, neste momento, consigo escrever e com o rabo do olho, vigiar o sol que esplendoroso já cobre o meu jardim enquanto, os pássaros piedosamente, retornam neste instante, afim de me saudarem e isto, é simplesmente fantástico.


Claro que é absolutamente diferente do que estou acostumada, afinal, sempre fui eu a espera-los, mas ontem e hoje, são eles que me aguardam pacientemente, num inédito espetáculo que mais que surpreender-me, encanta-me.
Todavia, as borboletas e o sabiá não voltaram, nem mesmo para assistirem ao enterro de um dos bem-te-vis que desmoronou na tarde de ontem no quintal, talvez doente ou tão somente, cansado dos infinitos voos e das intermináveis cantorias.
Então, chorei sozinha por um companheiro que não voltará jamais...

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