sábado, 6 de março de 2021

DE REPENTE?

Agora que os pássaros arruaceiros ou se calaram ou foram cantar em outras freguesias, finalmente, posso tentar escrever o que vem, digamos me povoando a mente desde ontem à noite, quando a ideia de voltar a fazer lives de cunho político social, inundou a minha mente.

É claro que eu gosto de estar participando da vida pública de minha cidade, mas ao longo dos anos, venho percebendo que o que chamam de política, nada mais é que um desavergonhado jogo de cartas sempre marcadas que se alternam de mãos e que gente como eu e outros tantos, só permanecem em defesa do bem comum por dois motivos:

+ idealismo
+ ganhos financeiros
E aí, o tempo passa e cada qual, vai colhendo exatamente o que plantou.
Por idealismo, insisti na defesa de temas como ética e cidadania e até acredito que consegui fazer germinar em algumas mentes estas sementes saudáveis a todo e qualquer maior sentido de Democracia e saudável coletividade, mas reconheço que sou voto vencido, tal qual, todas as instituições brasileiras, frente ao descaramento criminoso e despudorado de uma bandidagem travestida de boas intenções, convincente o suficiente para engambelar metade da população brasileira e corromper grande parte da outra, ficando, gente como eu e outros tantos, como bobos da corte, a serviço de uma apenas utopia.
Então, não foi de repente que parei para refletir e sim, na realidade é o resultado de um processo de uma longa caminhada em que na maioria das vezes, dei murro em ponta de faca ou servi de degrau para espertinhos se darem bem.
Por outro lado, sempre evitei ser definitiva nas minhas decisões, já que também sempre observei a evolução dos aspectos de qualquer natureza, preferindo tão somente, dar um tempo para melhor refletir, “apreciando o andar das carruagens”, seguindo o ensinamento do velho ditado popular, sem precipitações ou o que é pior, babaquice.
Portanto, por enquanto, continuarei deixando os espertos se dando bem sem incomodá-los com a minha insistente sombra e eu, continuarei a conviver com os meus pássaros e borboletas, dividindo espaço e sensações, num colóquio contínuo de vida e liberdade, onde não há espaço para a mentira, a arrogância e muito menos a malandragem.

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