quinta-feira, 1 de outubro de 2020

PERDÃO NECESSÁRIO.


Existem alguns momentos na nossa vida que inevitavelmente as lembranças de momentos decepcionantes surgem sem pedir licença em nossas mentes e hoje, voltando de Nazaré, enquanto o carro deslizava pela rodovia e o verde as margens desfilavam diante de meus olhos, uma em especial surgiu viva, como se tivesse acontecido ontem e, no entanto, lá se foram dois anos.

Lembrei-me em detalhes do ocorrido que na época, Roberto e eu, pensamos até mesmo estarmos sonhando, afinal, era muita pequenez numa só atitude, incapazes de mensurar o que leva uma pessoa a quem dedicamos tanto carinho e respeito, ser capaz de agir com tamanha torpeza, covardia e ignorância humana.

Pois é, inevitavelmente senti um misto de surpresa, muita raiva e uma vontade imensa de vingança, afinal, munição era o que não faltava, todavia, o bom senso e o equilíbrio de meu Roberto, levou-me a compreender que a maldade não era nossa e que o mundo gira e os retornos  também.

E aí, nesta manhã, percebi encantada comigo mesma que, nada mais sentia ao lembrar e que tudo havia se transformado em uma apenas lembrança, aonde a compreensão da infinita grosseria humana, foi mais forte que o mal a nós dirigido.

Essa é a paz que o perdão nos oferece, não permitindo jamais que a inadequação alheia, seja mais forte que a fortaleza da nossa capacidade em aceitar a realidade de que, não é possível a nenhum mortal alterar o caráter de outro.

Então, sorri para todo aquele verde que desfilava diante de minhas pupilas, com a serenidade de quem conhece a paz e dela, não abre mão.

A quinta-feira está terminando com este solzinho ainda presente, invadindo a sala e me fazendo sentir que a vida é sempre a nossa melhor conquista e que nada e ninguém pode ter o poder de empanar.

Um beijinho doce para você que me Lê.

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