Para que tudo dê certo, é preciso muita determinação,
disciplina e foco, seja lá no que for, mas em se tratando de relacionamentos
amorosos, o bem estar, a harmonia e a cumplicidade só se formam se houver uma
enorme boa vontade adaptativa, pois, cada instante exigira paciência,
compreensão e respeito, assim como não se pode esquecer que são duas pessoas
absolutamente diferentes, mesmo compartilhando infinidades de gostos e
prazeres, afinal, além de únicas na genética, também trazem consigo uma bagagem
de educação, hábitos e costumes, totalmente diferenciados um do outro.
Portanto, transformar os diferentes em compatíveis, só acontecerá
se existir uma profunda vontade pessoal em ceder ou simplesmente aceitar o
outro e nesta comunhão de propósitos sem que se perceba, a parceria vai se
fortalecendo e criando raízes resistentes, amparadas na conscientização das
diferenças existentes que precisam ser contornadas ou adaptadas a uma nova
realidade, onde o bem estar da dupla de parceiros é mais importante que o
simplesmente bem individual.
É possível perceber-se o quanto é difícil a construção de
uma união onde, os dois estejam entrosados ao ponto de em algum momento, não
ser mais possível mensurar-se viver sem o outro, e é neste estágio do
relacionamento que nos apercebemos que não houveram perdas de valores, vontades
ou liberdades e sim, um delicioso entrelace de ideias e ideais, alimentado pela
certeza absoluta de que tudo está valendo, já que não há em momento algum,
mesmo nos mais difíceis e até frustrantes, a sensação dolorida de se estar perdendo,
isto ou aquilo ao longo da caminhada.
O amor sólido e duradouro se estrutura num conjunto de
esforços contínuos, tal qual, qualquer outro investimento que uma pessoa se
disponha a realizar, afinal, do céu, só é possível receber sol e chuva e se
houver crença em um Deus, as suas bençãos, pois, os adoráveis contos de fadas, que
só se estruturam para nos encantar nos fabulosos livros infantis, onde a mente
brilhante de seus autores, colorem o apenas comum para si e também para
fascinar as crianças, transportando-as para um mundo só de fantasias.
Quimeras estas que não raramente se perpetuam nas mentes do
depois, adultos, transportando-os para decepções além do imaginário, criando
rupturas e desenlaces, num contínuo desencontro, tão comum de se constatar.
Concluo que construir o amor a partir do processo inicial da
apenas atração, requer esforços continuados e exige dedicação integral.
Que neste domingo em que se comemora o dia de São Francisco
de Assis que o nosso propósito de vivenciar esta existência, rodeado de paz,
seja a nossa meta principal.
Um beijinho doce da Regi.
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