Pois é... Logo eu fui classificada como portadora deste
complexo, o que vem provar que algumas pessoas julgam as demais aleatoriamente
sem qualquer maior conhecimento, tentando conciliar alhos com bugalhos nas
redes sociais, somo se suas verdades fossem únicas e que tudo esteja
devidamente embalado e guardado de acordo com suas experiências pessoais.
Não aprenderam ainda a diferenciação universal dos conceitos
e insistem na generalização dos fatos,
numa defesa rígida de suas visões, atirando seus conhecimentos limitados e, não
conseguindo interpretar e na maioria das vezes, aceitar uma visão contraditória
a sua, buscando imediatamente um rótulo que possa de alguma forma, aprisionar o
que acredita ser seu perseguidor.
Com certeza, não pedi, mas nasci numa linda família
estruturada de Classe média dos anos 50 e pude conviver com uma linda mulher
que era minha mãe e que jamais se mostrou triste por não trabalhar fora e
apenas cuidar do marido e dos filhos, o que fez com distinção, sendo meu
espelho de amor e dedicação à família, mesmo tendo a seu lado, irmãs e cunhadas
que eram mulheres de sucesso profissional.
Como a maioria das jovens da época, fui criada e educada
para ser uma distinta senhora e o fui por longos e maravilhosos 54 anos de
imensa parceria com um homem fantástico que jamais me fechou portas para o
desenvolvimento pessoal.
Aos 21 anos, já casada há cinco, fui trabalhar em meio a quase
300 homens, numa rede de comunicação e lá, aprendi a respeitar as diferenças
imensas entre nós e a valorizar suas capacidades individuais e foi de onde
comecei a sorvei tudo que me ajudou a superar medos e dificuldades que acontecia
com toda jovem bonita em meio a um determinismo machista e acredite, consegui
tornar-me amiga de todos.
Ao contrário da História de Cinderela, trabalhei muito,
antes e depois de encontrar meu príncipe, pois, jamais vi nele um provedor que
não fosse de minha felicidade em tê-lo e foi com ele que desenvolvi o gosto de
saber saborear as delícias dos beijos, dos carinhos, da amizade, do respeito e
do gozo intenso de me sentir uma mulher completa, mesmo quando, enfrentávamos
dificuldades imensas.
Fui uma privilegiada, pois tive um pai, um marido e muitos
amigos que me ensinaram a gostar dos homens e com eles e com os muitos que se
aproximam de mim, ainda aprendo a cada dia a desenvolver relações de respeito e
profunda parceria.
Claro que não sou imbecil em achar que minha experiência é
globalizada, mas uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa, afinal,
lutar por direitos, banir os preconceitos de qualquer natureza, valorizar a
pessoa da mulher, também não significa demonizar o macho que cá para nós é
sempre a mais saborosa refeição que já provei e me deliciei.
Não tenho vergonha de gostar dos homens e de me sentir por
todo o tempo respeitada por eles.
Agora, se isso me enquadra na “caixinha” do complexo de
cinderela, que o seja, pois para mim e para um punhado de outras mulheres, HOMEM
é bom demais...
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