Juntos, cada qual com sua própria taça, dividindo o néctar de saborosos vinhos, fomos descobrindo a forma mais fácil da libertação no apenas agora, sem sequer mensurar como seria o depois, pois o foco a se despir era justo, o ontem, cujas roupagens pesadas a cada taça, foram sendo despidas e jogadas entre os espaço da sanidade e da loucura, uma a uma, sem qualquer remorso.
E nos delírios crescentes entre o vinho e as lembranças,
emoções novas se sucederam, formatando risos, deixando rolar infinitas lágrimas
sem disfarces e pudor, numa festa íntima sem qualquer outro convidado, além de
mim, de ti e de intermináveis fatos.
Momento que se há de recordar, instantes de reconciliação
entre nós e o tudo mais, sem o apenas eu, martirizado e amordaçado por um
sistema impiedoso e então, empunhando a taça do poderoso vinho, finalmente alcançamos
a hora da vingança, sentindo-nos nus correndo na planície da louca liberdade,
livres das causas que nos dilacerava.
Selamos o encontro com um beijo ardente, colando os rostos e
os corpos com os suores do esforço de uma nova consciência em relação as dores
que reconhecemos que sabíamos ter, com a certeza de que não a reteremos mais, deixando-as
passar ao largo de nossas próximas caminhadas.
Bendito porre de vida e liberdade.
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