Ontem, assisti a live da Prefeita sob o título de “mulheres que inspiram”, com o propósito em homenagear incríveis criaturas que com seus históricos de vida se destacam na sociedade itaparicana.
Achei ótimas as escolhas desta segunda-feira, até porque, Patrícia Itaparica e Reinalice Pereira, são mulheres de mundos e históricos diferenciados, mas ambas apaixonadas pela cidade e sua gente e, cada qual no seu setor de desempenho, muito tem contribuído com o social.
Pois é... Como acontece na maioria dos encontros femininos, natural se faz as menções as lutas feministas de libertação das mulheres em um mundo basicamente machista, realçando-se as imensas dificuldades em atravessar os portais, dantes só permitido aos homens.
Até aí, tudo bem.
Mas como sou detalhista, observadora e transfiro essa minha forma de absorção para a lógica comparativa, penso que para valorizar a nós, mulheres inegavelmente maravilhosas e que somos indiscutivelmente as grandes parceiras e inspiradoras dos homens, não precisamos esquecer da imensa influência que os mesmos exercem em nossas vidas, até mesmo, quando nos tratam com indiferença, nos impulsionando a acelerar nossa luta libertadora para afrontá-lo, mostrando o que somos capazes de realizar.
Concluo com a premissa de que não há sucesso feminino que não tenha recebido uma alavancada masculina, nem que tenha sido pela dor, a raiva ou o natural desejo de seguir acreditando que sem eles, também tudo é possível.
Como tudo tem um bendito início é preciso não esquecer que para existirmos foi necessário um óvulo feminino e um poderoso esperma masculino e que juntos, num instante divino, fomos formadas e através da caminhada existencial, sempre existiu um homem com suas naturais arrogâncias de macho dominador, no qual nos espelhássemos, mesmo quando insistimos em somente admitir que foram apenas as mulheres que nos inspiraram.
Lembro então de Cláudio Neves, “o poderoso macho manipulador” suscitador de amores e ódios pela sua maneira arrojada de ser que, contrariando todas as lideranças políticas da cidade, em 2008 ofereceu sua herança de votos que não era pequena, a uma jovem professora, então sua secretária da educação, pinçando-a do anonimato e jogando sobre ela, o brilho de sua própria luz.
Dalí em diante, ela seguiu bravamente sua caminhada, mas sempre em todos os momentos tendo um braço masculino, presente ou nas sombras para guia-la na trajetória, até porque, não há política ou qualquer outra ação humana, onde se possa dispensar a mão forte e poderosa de um grande homem, mesmo que seja na figura de um pai, um irmão, um amigo ou um sócio.
Penso no que eu poderia ter conquistado sem o apoio de homens simplesmente fantásticos como meu pai, meu marido, meus muitos professores e patrões, meus inúmeros amigos e conselheiros, além das constantes inspirações dos grandes homens públicos?
Agora mesmo neste período eleitoral, estou cercada de grandes e poderosos homens e não me sinto coagida por nenhum deles.
Viva portanto, homens e mulheres que juntos, estabelecendo ricas parcerias, transformam o mundo a cada instante, deixando portas e janelas abertas para que nós, possamos ir além de nossa apenas condição de mulher.
Isso é real, palpável e irrefutável e está intrinsicamente ligado ao sentimento de gratidão que deve estar acima de qualquer pensamento ou ação feminista que nos domine.
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