Quando a noite chega e o silêncio invade ainda mais o meu espaço, antes movimentado pelas muitas atividades, só mesmo colocando uma boa música e ir deixando as lágrimas deslizarem doídas, sem qualquer limite.
Tudo faz falta e nada mais tem o mesmo gosto, quanto o saboreado ao seu lado.
Hoje mesmo, neste instante, lembro dos lanches que me oferecias a cada final de tarde e que mais me pareciam manjares dos céus.
Saudades dos cafunés de longos anos que embalavam o meu adormecer ainda no sofá, ouvindo o som dos filmes da Netflix, que eram os seus preferidos.
Tudo parecia apenas uma rotina...
Meu Deus, que saudades daquelas benditas rotinas...
Nada mais tinha importância que dividirmos o espaço do nosso paraíso em conversas intermináveis, numa parceria fraterna que abastecia a tudo com fabulosas vibrações amorosas.
Ainda bem que não poupamos infinitas declarações de amor um para o outro, pois assim, conservamos como lá no início, aceso o tesão um pelo outro em reverência a vida.
Não houve envelhecimento entre nós, tão somente, o deslizar de nossa história que esta mesma adorada vida, colocou um ponto final, mas ainda não para mim.
Ainda sinto o cheiro da pele, ainda sinto o gosto do melhor banquete que tive o privilégio de ser servida por toda a minha vida.
Juntos aprendemos a ter sede de vida, e jamais recusamos ir buscar diretamente na fonte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário