Na noite de ontem, recebi do sempre querido amigo Jeferson Borges Zon, um pequeno vídeo, onde o tema era a capacidade do carioca em adaptar o palavrão a qualquer situação, seja boa, má, engraçada ou triste e aí, fiquei pesando que apesar da mensagem ser jocosa, na tentativa de diminuir a qualidade linguística dos cariocas, como se os mesmos, não dispusessem de recursos outros, mais adequados ao convívio com os demais, detinha em si, uma enorme verdade, herança recebida dos europeus, quando da colonização, afinal, foram eles que trouxeram suas culturas e as inseriram entre nós, enquanto os padres a duras penas, representavam o pêndulo do equilíbrio entre uma diversificação absurdamente volumosa de culturas africanas, indígenas, nobres colonizadores e uma gama imensa da escória portuguesa que gentilmente, Portugal enviou pra cá.
Portanto, como não sermos herdeiros das bocas sujas, do jeitinho safado de se dar bem e da hipocrisia social, exercitada nos salões e porões da monarquia ou anarquia?
Particularmente, como carioca assumidamente apaixonada pela Bahia, portanto, dois redutos genuinamente representativos da base de formação da cultura brasileira, não fugiria a regra e como tal, adoro no limite da raiva, alegria ou da fascinação ao admirar o belo, exclamar sem falsos pudores um sonoro PQP!!!
E que delícia, pelo menos pra mim, pensar alto, mandando um FDP qualquer ir se fufu...
Gente, eu sou uma carioca que adora o Porra expressado pelos baianos e que acredita que mais vale um FDP ou vai tomar no seu..., bem menos agressivo e destruidor que as mentiras, os engodos e as contínuas traições, tão aceitas e aprovadas por uma sociedade burramente viciada e hipócrita que só descruza os braços para votar em FDP e que em seguida, volta a cruza-los, deixando seus valores éticos e morais escorrem pelos canos de sua gnômica ignorância, preguiça e covardia , juntamente com as safadezas, lesa pátria e horrendos crimes que pomposamente, são chamados de corrupções, flagelando com suas falsas posturas de gente do bem, uma multidão de gente simples e trabalhadora, que na maioria das vezes, sequer sabe, porque nada tem e porque, tanto sofre.
Então, meu querido Jef, confesso que sou mesmo foda, quando, preciso expressar o meu carioquês de mulher educada e bem formada, mas também bordada com os paetês dos “porras” baianos e as plumas diversas dos guetos cariocas, já que sinto lavarem minha alma e aliviarem minha mente.
Serão essas minhas cariocas e baianas inadequações, razões da minha sempre serenidade, frente aos turbilhões de gente educada, refinada e moralmente fodidas com as quais, também sempre precisei conviver?
Vai se saber, né??
Regina Carvalho- 5.4.2025 Itaparica
Por que falar palavrão dá uma sensação tão boa?
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