Hoje, foi um dia atípico em termos de completude, permanecendo aguado, sem gosto, nem triste e nem alegre, aliás, para ser mais exata, foi um dia de questionamentos, mesmo reconhecendo que nesta minha idade, tudo isso é perda de tempo, já que o que foi, não tenho borracha para apagar ou corrigir, restando-me o aqui e agora, pois, sequer o amanhã me é garantido.
Pensei em todos aqueles que sequer tiveram o hoje e aí, lembro da breve conversa que tive com minha amiga Magna, no portão daqui de casa agora a pouco, sobre a finitude e no quanto, somos tolos em ignorá-la na maior cara de pau, afinal, jogamos literalmente no lixo, momentos, instantes, alimentando sentimentos e emoções absolutamente inúteis a qualquer inserção íntima de alegria, felicidade e paz.
Penso, que raros são os dias em que não sorvo a vida até o bagaço, num, “não estou nem aí”, para um tudo mais que tente roubar a preciosidade de me sentir bem, num “simples assim narcisismo”, porque a final, nas minhas contas pessoais, já paguei pelos enganos e tropeços, restando-me este pequeno saldo, que não me permito desperdiçar.
Concluo que meu estado psíquico no dia de hoje, se deu, justo pelos resquícios da miserável culpa, ainda presente em meu consciente, por ter sido o avesso do que esperavam de mim.
Tá, mas e daí?
Quem de verdade me amaria mais ou choraria por mim se eu ao contrário, tivesse seguido a cartilha social com seu BE A BA hipócrita e mentirosa que nos rouba e nos aprisiona com falsos valores, levando-nos a crer que as figuras projetadas nas paredes da caverna das nossas rotinas, são as possiblidades únicas existentes.
Regininha vai dormir, afinal, com fé e sorte você acorda amanhã com esta sua irreverência que a muitos assusta, mas que pelo menos, te mantém sorrindo.
Regina Carvalho- 9.4.2025 Itaparica
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