Faltam quatro dias para o Natal e eu só penso nos dez dias que faltam para que um ano novo chegue entre fogos, abraços e beijos, mesmo que ainda timidamente, trazendo consigo a bendita esperança de dias melhores sem pandemia, consolando almas chorosas por suas inestimáveis perdas, assim como estabilizando vidas que se desestruturaram nestes dois anos de insegurança financeira e perdas econômicas.
Penso então, nas máscaras que ainda escondem nossos sorrisos, na liberdade do ir e vir que foi restringido, nos abraços e nos beijos que não foram possíveis, na frequência e no calor que tanto nos fazem bem.
Penso nas muitas separações e agressões que a convivência forçada, desencadeou, mas também nas uniões que se fortificaram, graças ao tempo que sobrou para um maior conhecimento mútuo.
Penso nas casas que se tornaram lares, na paciência que foi exercitada e nas descobertas emocionais que deram mais sentido as muitas existências que se encontravam meio que perdidas.
Penso que nada é sem sentido e que de tudo é possível extrair-se destes aprendizados.
Penso em 2022, onde poderemos colocar em prática tudo quanto, fomos capazes de absorver destes dois anos tão difíceis, mas que nos burilaram, deixando-nos mais lúcidos, quanto, ao que realmente seja relevante em nossas vidas.
Quanto a mim, estarei voltando para o meu paraíso das águas mansas e mornas, e nelas, me reabastecer do tudo de bom que só Itaparica, foi capaz de me oferecer.
Penso então, que podem ir colocando o feijão no fogo, pois, eu tô voltando...
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