Sozinha nesta ainda manhã de sexta-feira em que finalmente o sol resolveu aparecer e assim, imediatamente voei ao passado, numa espécie de conversa com o meu Deus interior e é claro que tudo registro, numa necessidade imprescindível de deixar a minha
gratidão
como testemunho de minha vida.Penso sorrindo que sempre fui muito amada por este Deus, afinal, permitiu-me enxerga-lo por todo o tempo em tudo que respira e pulsa vida, permitindo-me inclusive, sorver seus infinitos aromas e cores, saciando-me por todo o tempo desta ânsia incontrolável de vida.
Neste instante, escrevo sentindo o calor gostoso deste ventinho morno que adentra pela janela que escancarada, também me permite olhar o céu azulado, enquanto simultaneamente, escuto um CD de boleros de Luiz Miguel e aí, como não lembrar do meu primeiro amor que delicadamente presenteou-me com um long play de boleros executados através de um fenomenal Sax de onde selecionei “La barca” como minha canção preferida que escutei milhares de vezes, deitadinha em minha cama e olhando pela janela que generosamente, descortinava o meu céu de Ipanema, colorindo os meus deliciosos 15 anos de imensa paixão pelo meu inesquecível Jefferson.
Juntos estreamos o primeiro de centenas de delicados e ardentes outros beijos apaixonados que, delinearam a leveza do que o amor viria a representar em minha vida.
E a partir daí, tudo que realizei pela primeira vez, revestiu-se da mais completa delicadeza, penso então, que nasci com o bumbum virado pro céu e que este Deus me adora.
Portanto, nada foi esquecido, até, porquê, estruturou-me para o tudo mais, que nem sempre foi delicado ou suave.
Percebo sorrindo que os pássaros, neste momento, talvez por ciúmes tentam abafar a música com seus escarceis sonoros, enquanto carinhosamente, escuto a ambos, compreendendo a leveza interior que este meu Deus incansável, dispensa a mim.
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