Acordei com a imagem de minhas saudosas pastoras alemães Buana e xuxinha, mãe e filha que durante anos me fizeram companhia e muito me ajudaram a perder o medo de estar sozinha, pois, suas presenças eram os aconchegos que a minha insegurança pedia.
Até mudar-me para o sítio em Caeté (MG), desconhecia a sensação do medo, mas ali, naquela casa enorme em meio a 10.000 metros de mata fechada, o safado medo apareceu e teria feito morada se minhas adoráveis amigas, comigo não estivessem.
Silenciosas, dengosas e ágeis como os gatos, rodeavam-me por todo o tempo e com elas atravessei momentos de muita superação pessoal e também, em suas companhias fui me percebendo pela primeira vez, tendo como cenário o gigantismo da Serra do Caraça que de tão bela e misteriosa, foi adentrando em mim e me libertando, deixando aflorar uma Regina, que me agradava profundamente.
Trinta anos se passaram e cá estou, ainda descobrindo as muitas Reginas que sufocadas, se escondiam em mim.
Que bom que o medo não me impediu...
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