Há um ano atrás, também numa manhã ensolarada, segui o conselho de um querido amigo e comecei a escrever a minha biografia, já sem o receio de estar sendo piegas, afinal, até então, eu pensava que não valeria a pena, pois, achava minha vida comum e sem graça, igual a da maioria das pessoas.
Então, pensei nas surpresas que constatei na fisionomia de meu amigo, quando, em algumas ocasiões em conversas descontraídas, relatei a ele alguns momentos que vivenciei e, esta, foi a motivação para colocar no papel, as muitas metamorfoses de uma apenas mulher, em meio as savanas sociais.
As primeiras laudas saíram sofridas, porque eu pensava nas palavras que deveria imprimir ao meu relato, mas em algum momento, sem mesmo eu perceber, meus dedos simplesmente passaram a ter dificuldades em acompanhar a fluidez de minhas recordações.
Dali em diante, já não importavam a fome e o cansaço, pois a avidez de minhas recordações exigia, que eu continuasse permitindo-me apenas, ouvir meus clássicos e os cantos dos passarinhos e vez por outra, dar uma paradinha para apreciá-los adentrando na sala com os seus bailados, fazendo de mim, plateia de shows absolutamente privados e, se não bastasse, ainda, tinha a companhia da borboleta marrom, discreta e silenciosa que fazia questão de permanecer próximo a mim, numa parceria inimaginável, fazendo com que eu me sentisse, muito especial.
Agora recordando a surrealidade que esteve presente por todo o tempo no decorrer de minha vida, penso nas muitas águas que rolaram cristalinas, neste meu manancial incontrolável de vida, trazendo com elas, novos e surpreendentes adendos que, também de lá para cá, voltei a adicionar nesta minha espetacular vida, onde certamente, o marasmo, a preguiça e a tristeza, não encontraram ambiente favorável para se estabelecerem.
Então, em meio as infinitas recordações, fui compreendendo a potencialidade do amor que esteve sempre presente, mesmo quando, as veredas vivenciadas, não faziam nenhum sentido para os demais.
Amor é a chave de uma vida plena, afinal, só ele é capaz de levedar as nossas almas, sinalizando os nossos trajetos, calçando os nossos pés, pois, aonde reside o amor, tudo, absolutamente tudo, faz sentido.
Ah! Meu Deus, eu amei e como ainda amo o tudo que me cerca, mesmo brava, eu amo, mesmo com dor, eu amo, mesmo sozinha, amo as lembranças e amo a mim, num egoísmo abastecedor de ternuras que me inspiram a amar o tudo mais...
BOM DIA, rogando a Deus que nestes quatro dias que faltam para a chegada de um novo ano, que meus pássaros e borboletas inspirem cada um de vocês, preciosidades que leem os meus escritos, levando-os a oferecerem prioridade a paz, mãe amorosa e soberana da vida.
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