sábado, 25 de dezembro de 2021

ETERNA LEMBRANÇA

Meu primeiro pensamento nesta manhã de véspera de Natal, foi a imagem de minha bela mãe sentada aos pés de um coqueiro, olhando o infinito do mar a sua frente, enquanto eu com o meu baldinho de criança, levava e trazia água para molhar as areias, numa tenacidade incrível na construção dos muitos palácios que mais adiante, eu viria a reproduzir em minha vida.


E aí, pensei se ela não tivesse partido tão cedo (49) anos, como estaria se tivesse chegado a minha idade?

Será que ainda estaria nadando naquele mar gelado e bravo de Ipanema, com a desenvoltura que o seu espírito livre exigia ou teria se rendido aos apelos da época e se tornado uma pacata senhora?

Dizem que a idade nos molda a novos valores e posturas...

Particularmente, acredito que o tempo apenas reforça o que sempre fomos na nossa originalidade ao longo da vida, portanto, minha adorável mãe, com certeza estaria dando suas belíssimas braçadas, rasgando com ritmo e determinação as ondas do mar bravio, me inspirando apenas com o seu exemplo, a jamais desistir de minhas escolhas.

Provavelmente, na distinção de suas posturas, estaria iluminando aquele pedacinho de praia com a leveza de sua luz pessoal, rasgando com seu corpo envelhecido, mas ágil, as águas bravias em busca da sua eternidade.

Pensando nela, como esquecer dos bifes de alcatra com batatas fritas que, meu Deus, jamais voltei a comer com tanto prazer.

Será que existe Natal no céu?

Se existir, com certeza, neste momento, estará preparando a melhor bacalhoada do mundo, para a ceia de logo à noite.

Bom dia, minha mãe!!!

Bom dia a todas as mães, exemplos que permanecem como tatuagens em todos nós...

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