quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

NATAL? PRA QUEM?

Nesta manhã de dezembro, com o Natal se aproximando e uma ainda pandemia ceifando vidas, pensar sobre política é quase um crime contra o bom senso de qualquer pessoa, afinal, o que fazer se a experiência de observação de décadas, sempre apresentou uma repetitividade postural que mantém o nosso país e a nossa cidade estagnada, sem maiores alterações no cerne de suas estruturas.


Qualquer coisa que se discuta em prol de uma moralidade e de uma ética, se perde no mais absurdo dos absurdos que são a fome e a violência de todos os níveis, ainda reinantes em cada metro quadrado que sejamos capazes de enxergar.

Não existe coerência na aplicação das prioridades e esses desencontros acontecem, justo, porque somos um povo que não consegue compreender as suas próprias necessidades, assim como avaliar as lógicas das ações apresentadas, sendo por todo o tempo, confundidas com mensagens que camuflam as reais intenções e aí, acha-se mais importante a elaboração de festas ao abastecimento dos remédios que salvam vidas.

Claro que o lazer é importante, tanto quanto o pão que forra o estômago. A diferença entre ambos é que, sem pão o homem adoece e morre.

A falta do circo frustra, mas não mata. No entanto, a visão executiva e legislativa da política não quer saber quem ou quantos morrem, mas sim, o resultado do ibope nas urnas.

E quanto mais alienado e sem letramento é um povo, mais sugestionável ele se torna e a prova disso são os "paredões" em plena pandemia, as discussões para se implantar o carnaval, os aplausos pelos enfeites e balangandãs, onde o perigo evidente da contaminação e morte, não afeta aos seus participantes que são em sua maioria os mesmos que irão escolher os seus mandatários políticos. 

É possível compreender o que estou tentando mostrar?

Não há coerência e muito menos lógica nos movimentos vampirescos de nossa sociedade brasileira, aonde ainda, finge-se acreditar que um politico acumule fortuna, sem jamais bater um prego fora do manejo político.

Somos um povo desprovidos de empatia.

Penso então, que todos sabem a origem das riquezas, mas nada fazem para estancar o abuso, justo, porque admiram a destreza de seus escolhidos.

Ao rei, tudo é permitido...

Não há valores, nenhuma sabedoria e tão pouco virtude, tão somente, ignorância ou esperteza.

Enquanto os lixões, forem os supermercados e os shoppings dos urubus e dos miseráveis, tudo permanecerá igual...

Penso então, que sentir repulsa é tudo que me resta.

Natal, pra quem mesmo?

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