Neste quase final de ano, egoisticamente penso em meu caminhar de vida e me esforço para aceitar harmoniosamente as infinitas perdas de instantes, sem permitir qualquer manifestação de arrependimentos, apenas, deixo escoar um lamento, afinal, viver é uma tarefa de aprendizado constante e, enquanto somos jovens, nem sempre somos capazes de discernir com a devida clareza as nossas emoções, oferecendo a cada uma, sua real dimensão e aí, perde-se infinitos momentos que poderiam ser absolutamente perfeitos na completude que a existência humana tem e pode oferecer a si.
Sem querer, uma teimosa lágrima escorrega solitária em meu rosto e deita-se nos meus lábios que sorri, apaziguando o que poderia se transformar em cascatas de culpas e castigos.
O tempo passou e cá estou, bebendo lágrimas e transformando-as em benditas recordações que ampliaram e suavizaram meu trajeto, acendendo as luzes da certeza absoluta de que tudo se resume em vida e não há nada mais importante para se considerar.
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