“Quando eu estou aqui, eu vivo este momento lindo”...
O primeiro especial de Roberto Carlos produzido pela Globo foi exibido em 25 de dezembro de 1974, eu tinha 25 anos e morava em Brasília em comemoração ao Natal. A partir de então, o especial de fim de ano com o cantor tornou-se uma tradição só quebrada em 1999 por ocasião do falecimento de sua esposa Maria Rita, em decorrência de um câncer.
Além do programa anual, Roberto Carlos também estrelou os especiais Roberto Carlos In Concert (1988), Pavarotti e Roberto Carlos (1998), Bossa Nova 50 Anos (2008), Elas Cantam Roberto Carlos (2009), Especial Roberto Carlos 50 Anos (2009), Emoções Sertanejas (2010) e Roberto Carlos em Jerusalem (2011).
Em todas essas ocasiões seus apaixonados fãs, abriram mão de qualquer outro compromisso para ficarem diante da telinha, babando de emoções com o Rei das canções românticas que certamente, marcaram as suas memórias.
Quem de verdade, admitindo ou não, possui uma única música dele que não se encaixe na sua própria vida coroando um grande amor ou apenas uma ocasião em especial.
Mas ontem, senti que algo mudou...
Afinal, em 08 de setembro de 2021, seu filho Dudu, faleceu, deixando o nosso Rei, mas antes de tudo um ser humano e pai, arrasado.
Ele estava triste, envelhecido e sem empolgação...
Sua voz acanhou-se, e percebia-se nitidamente as alterações dos arranjos musicais, afim de que sua voz se adequasse, o que atrapalhou o desempenho dos demais artistas que precisaram alterar suas interpretações.
E aí, a Regininha ficou triste...
Mas neste instante em que ouço emoções e escrevo, penso que se o tempo passou para mim, passou pra ele também, sofremos inúmeras e dolorosas perdas, nestes cinquenta e seis anos em que nos conhecemos nos estúdios da CBS no Rio de Janeiro, portanto, tal como ele, “se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi”.
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