segunda-feira, 11 de maio de 2020

SEMPRE POLÍTICOS.


Eu, você e todo mundo neste planeta terra, nasce e imediatamente se torna um ativo político, buscando melhor se adaptar ao que lhe parece estranho e assustador, que é a vida.
Aprendemos por puro instinto e rapidamente a manipular todos a nossa volta, forma imediata de anunciar que estamos com fome, com alguma dor ou que por algum motivo não estamos confortáveis, preferindo sempre o colo acolhedor e quentinho da mãe, da avó ou de quem percebemos pelas vibrações amorosas que podemos manipular.
Esse é o primeiro exercício político que exercemos ao nos depararmos com luzes, sons e imagens absolutamente estranhas e, por intuição original, vamos tateando o terreno e ganhando confiança e espaço, onde possamos nos sentir mais à vontade.
Tudo muito espontaneamente natural e, a partir desta fase, tudo que fazemos e pensamos segue o mesmo caminho que é o de nos sentirmos mais confortáveis e felizes.
Percebemos muito rapidamente que precisamos de habilidade para conviver com os demais, pois, quando falhamos, o resultado é sempre desastroso, portanto, desde cedo vamos nos aperfeiçoando, tal qual o saudoso GARRICHA, com os seus famosos e inesquecíveis dribles que, infelizmente, ele não soube replicar na sua vida pessoal.
Portanto, cada um de acordo com as circunstâncias na qual se desenvolve como pessoa, vai desenvolvendo a sua forma de fazer a política da sobrevivência, trazendo ou expulsando de si, valores existentes, também de acordo com os seus interesses ou capacidade de enxergar seu próprio espaço de sobrevivência.
Então, essa retórica de que eu não sou uma pessoa política, simplesmente não existe, até mesmo naquele que se esconde e se cala, forma que encontrou de se dar bem em qualquer circunstância.
Em se tratando de política partidária, a situação é mais expressivamente complicada, pois, há uma reação imediata de quem pensa o contrário, e sempre haverá pelo menos uma banda contrária em qualquer disputa, portanto, além de ser uma pessoa política por natureza, precisa ter cojones, como falam os espanhóis, em se tratando de um enfrentamento inevitável.
Pois é, não sei explicar bem o porquê, todavia, desenvolvi desde cedo essa paixão por desmascarar a hipocrisia, sem no entanto, fazer deste desempenho um ataque pessoal seja lá para quem for, apenas, escancaro o que as demais pessoas desconhecem, desconsideram ou se fazem de inocentes para tirar algum proveito pessoal, momentâneo ou futuro.
Atenho-me invariavelmente ao cerne de todas as questões, deixando ao largo o entretanto e o finalmente, muito comuns nos relacionamentos de todas as naturezas e que, por serem hipocritamente calculados, desviam as atenções e a seriedade dos fatos, muito comum no mundo político partidário, transformando seriedade em banalismo.
Portanto, quando afirmamos que nada é pessoal, estamos usando a manipulação política, pois, não é possível denunciar-se algo impróprio de determinado cidadão que esteja comandando um posto político, sem que meçamos os efeitos desta nossa ação sobre a pessoa em questão, pois, afinal, sem a participação ativa do sujeito, não há ação que possa ser questionada.
Simples assim...

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