sexta-feira, 15 de maio de 2020

O REAL E O IMAGINÁRIO



Karl Marx, pensador do século XVIII, cujas obras o imortalizaram, cria que o capitalismo tem uma grande virtude, que é a capacidade de gerar riquezas. A partir daí imaginou uma sociedade onde as propriedades privadas iriam pertencer ao estado e que toda riqueza gerada seria dividida entre os trabalhadores. Não havendo mais divisão de classe, o estado seria dirigido pelo proletário, depois dessa etapa o socialismo se tornaria comunismo e o estado seria extinto, assim também como o governo, as polícias etc.
Não funcionou e, a partir daí, surgiram os clãs do escolhidos, formando-se agrupamentos de uma nova elite, erguida através de espertos e letrados políticos que capitavam trabalhadores que se destacavam como líderes de seus colegas proletários, transformando-os em modelos de luta e convencimento, enquanto, uma teia de manipuladores faziam uso abusivo das arrecadações públicas, dando em troca ao povo sofrido, migalhas de ascensão social, sem que houvesse qualquer meritocracia, deixando-os a mercê da presença do estado, o que garantiria a perpetuação de suas atuações como líderes.
Veja  que no Brasil, em quase 20 anos de liderança, os pseudos socialistas não promoveram nenhuma mais significativa alteração social, além deles mesmos e de uma forjada nova elite que lhes garantiam a governabilidade, paga a preço de ouro em detrimento de um salário mínimo absolutamente vergonhoso para os padrões mundiais de um país rico e com pretensões de ascender socialmente o povo de forma real e consistente.
Não houve uma só instituição brasileira que viesse a se enquadrar numa evolução de qualidade, muito pelo contrário, ofereceram prendas ao povo sonhador, mas dilapidaram o que já não era grande coisa, reafirmando em cada, uma falsa conquista, já que em tudo por tudo, só encontramos destroços.
Mas o pior, sem dúvidas foi a doutrinação que fez crer aos menos favorecidos socialmente de que a igualdade se limita, quando, ela é bem mais complexa, pois, mantém as diferenças de classe e de meritocracia, mas cobra de cada um sua parcela de responsabilidade social, ou seja:
O mais rico seja por herança ou conquista própria, paga proporcionalmente ao seu ganho, afim de que o menos favorecido, inclusive por intelectualidade, afinal, as pessoas são diferentes, com aspirações diferentes, talentos diferenciados, recebam iguais condições que ele, seja na educação, saúde, segurança e infraestrutura.
Desenhando: O pobre usará o mesmo leito hospitalar, a mesma escola, a mesma eficiência policial, e as mesmas condições sanitárias e de acesso seja lá aonde resida.
Num país, onde impera a realidade socialista e não a fantasiosa alçada num comunismo que evidentemente não deu certo, um político, um Juiz, um deputado, um vereador, um prefeito ou seja lá quem for, pode ganhar salários e mordomias astronômicas, enquanto o assalariado, mal consegue comer com o salário mínimo vergonhoso como o que se paga neste país, ainda tendo de pagar por cada grão do feijão que come os impostos mais caros do mundo, onde tudo é permitido a uma falsa elite, locupletada com o dinheiro do povo e das riquezas naturais, enquanto o povo, implora por uma cesta básica e se humilha para garantir seus tostões com a ilusão de terem subido na escala social.
Portanto, não me venham com discursos fanáticos, pois tenho em minha bagagem um sólido entendimento do certo e errado, além de embasamento humanitário que me foi oferecido por escolas públicas de excelência, onde a ideologia ainda não tinha espaço e de uma família que apesar de ser composta por trabalhadores, priorizava a ética, até mesmo, na hora que precisasse ser punida.
Valores benditos que o falso socialismo brasileiro fez questão de erradicar, garantindo assim a mágoa, a dor da exclusão e transformando mentes e almas, num exército de miseráveis funcionais, onde tudo conta, menos o poder do raciocínio lógico.
Na realidade, hoje estamos todos entre a cruz e a espada, ambas mortais, pois, nos divide e nos torna a cada dia mais fracos e impotentes.
A crueldade maior não se faz presente apenas, na perpetuação de valores e absurdos privilégios em qualquer país, mas no Brasil, é um crime hediondo, cometido a cada instante, no momento que se apropria de cada centavo deste miserável povo, não se acanhando nas cobranças, aí, sim de impostos igualitários, para manterem as classes jurídica e política em patamares salariais e de mordomias vergonhosos.

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