quarta-feira, 6 de maio de 2020

ENTRE FALAR E ESCREVER



Estou aqui as cinco da manhã, como sempre acordadinha a 220 watts, pensando que entre um e outro, creio que calada sou mais contundente, principalmente, quando silenciosamente, fixo meu olhar no interlocutor sem a menor cerimônia e ele, compreende de pronto, o quanto, estou sendo direta na aprovação ou desaprovação de suas, geralmente bravatas.
Existem momentos em que somente os olhos são capazes de expressar tanto o extremo da aceitação, quanto o da decepção.
Escrevendo, me é possível mediar, substituindo palavras nas várias revisões, perdendo assim, consideráveis originais intenções, já falando, no afã de uma alma impulsivamente emocional, deixo emergir em certos momentos, a conclusão de minha mente sem retoques, muitas vezes radicalmente esgotada por testemunhar tantas incongruências, mas, é exatamente com o meu olhar silencioso, que meus sentimentos mais profundos se expressam, ganhando para sempre ou perdendo sem volta, inúmeros corações.
Portanto, entre um e outro, nos momentos que pressinto serem periclitantes (perigosos), opto em somente olhar, deixando através dele a minha mais pura e sincera impressão.

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