Pois é, a semana
começa nublada e com chuvas e eu, por incrível que possa parecer, sinto minha
mente absurdamente clara, com possibilidades infinitas de compreensões a
respeito de retóricas que nos acostumamos a aceitar como verdades constatáveis
e de impossíveis soluções.
E lá vamos
seguindo nossas vidas, acreditando que a vida é assim e que precisamos de
décadas a fio para alterar distorções que nos flagelam, mas isso é pura balela
que engolimos a pulso e aceitamos como inevitável.
Mentiras e
mais mentiras que nos são repassadas, mas que, neste momento, já não mais
aceito e rebato, porque afinal, só a morte é irreversível e, tudo quanto, nesta
vida desejamos alterar, basta que queiramos e lutemos para tal.
Toda a
apresentação medonha que se apresenta em nossa cidade, nada mais é que uma
acomodação e incapacidade dos dirigentes da mesma ao longo do tempo, seja por
não reconhecerem a necessidade do devido restauro ou por simples improbidade
administrativa em perpetuar o desastroso em favor de seus interesses puramente
pessoais.
Vejamos:
- Nada
justifica o estado lamentável das ruas de nossos bairros e consequentes
problemas que advém deste terror, como saúde publica catastrófica por não
atender às mais básicas necessidades, como a continuidade de aparatos, também
de base, como recolhimento do lixo dentro dos padrões dignos e eficientes de
uma sociedade que se intitula humana e civilizada.
Na realidade,
uma coisa está atrelada a outra e quando uma não funciona, o tudo mais capenga.
Ruas sem
calçamentos e escoamento fluvial, impedem um recolhimento de lixo adequadamente
sistemático; este fato acarreta inúmeras patologias que sobrecarregam o sistema
de saúde.
Compreendem?
Vergonhosamente,
ano após ano, culpa-se a população por ser sem educação ambiental, mas como
teria se nasce, cresce e morre com o lixo expondo-se a cada esquina e calçada, os
pés afundando na lama e o mato adentrando em suas casas, já que nunca, em tempo
algum, recebeu um ambiente decentemente limpo para viver?
Como
implantar normas e leis, se o próprio sistema público aprisiona seu povo em
meio ao caos?
Quando
somamos os pagamentos que são feitos para a ARQUITEC, ou seja lá que empresa
for, percebemos a má fé administrativa, pois sequer oferece as devidas
condições para que a mesma efetue um trabalho eficiente e cumpra as cláusulas
contratuais, para que possamos avaliar. Então como culpar uma empresa que tão
somente, defende os seus próprios interesses sem sequer ter recebido um só voto
para estar aonde se encontra, ou seja, sugando nosso pouco ar de munícipes
explorados.
Precisamos
de uma infraestrutura decente para então, ter empresas sérias e sem vínculos
políticos que efetuem seus trabalhos com respeito ao povo que lhe paga através
dos muitos impostos que paga.
Está tudo
errado e não é de hoje, pois, no momento tudo que se vê é tão somente a
continuidade da farofada de sempre, onde a desculpa do não podemos é sempre o
prato principal.
Quatro anos
de uma gestão, realmente, é pouco para restaurar décadas de abandono, mas é
tempo suficiente para mostrar a que veio, utilizando cada centavo da
arrecadação pública, não para tampar buracos ou para fazer obrinhas pontuais ou
esperar que o estado intervenha, mas para mês a mês, distribuir realizações em
cada bairro e ruelas desta cidade linda por natureza, para que orgulhoso e
feliz, o povo possa lhe garantir mais quatro anos sem quebra de continuidade.
Desculpas
não cabem numa administração que paga tanto por especialistas e assessorias em
tudo que nada acrescentam verdadeiramente de relevante no contexto social e
humano da cidade.
Tais contratações
que fazem as contas públicas geralmente extrapolarem, são como aves de rapina,
devorando as vísceras da alma da cidade.
Mato, lama,
poeira, bichos peçonhentos, são apenas o berço de toda a inadequação cultural e
educacional que apresentamos no dia a dia de nossa cidade.
A segunda
está nublada, mas a mente está límpida como nunca.
Agora,
convenhamos, ter uma gestão derrotada pela lama, pelo lixo e pelo mato é
vergonhoso e absolutamente deplorável.
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