segunda-feira, 4 de maio de 2020

SEGUNDA NUBLADA



Pois é, a semana começa nublada e com chuvas e eu, por incrível que possa parecer, sinto minha mente absurdamente clara, com possibilidades infinitas de compreensões a respeito de retóricas que nos acostumamos a aceitar como verdades constatáveis e de impossíveis soluções.
E lá vamos seguindo nossas vidas, acreditando que a vida é assim e que precisamos de décadas a fio para alterar distorções que nos flagelam, mas isso é pura balela que engolimos a pulso e aceitamos como inevitável.
Mentiras e mais mentiras que nos são repassadas, mas que, neste momento, já não mais aceito e rebato, porque afinal, só a morte é irreversível e, tudo quanto, nesta vida desejamos alterar, basta que queiramos e lutemos para tal.
Toda a apresentação medonha que se apresenta em nossa cidade, nada mais é que uma acomodação e incapacidade dos dirigentes da mesma ao longo do tempo, seja por não reconhecerem a necessidade do devido restauro ou por simples improbidade administrativa em perpetuar o desastroso em favor de seus interesses puramente pessoais.
Vejamos:
- Nada justifica o estado lamentável das ruas de nossos bairros e consequentes problemas que advém deste terror, como saúde publica catastrófica por não atender às mais básicas necessidades, como a continuidade de aparatos, também de base, como recolhimento do lixo dentro dos padrões dignos e eficientes de uma sociedade que se intitula humana e civilizada.
Na realidade, uma coisa está atrelada a outra e quando uma não funciona, o tudo mais capenga.
Ruas sem calçamentos e escoamento fluvial, impedem um recolhimento de lixo adequadamente sistemático; este fato acarreta inúmeras patologias que sobrecarregam o sistema de saúde.
Compreendem?
Vergonhosamente, ano após ano, culpa-se a população por ser sem educação ambiental, mas como teria se nasce, cresce e morre com o lixo expondo-se a cada esquina e calçada, os pés afundando na lama e o mato adentrando em suas casas, já que nunca, em tempo algum, recebeu um ambiente decentemente limpo para viver?
Como implantar normas e leis, se o próprio sistema público aprisiona seu povo em meio ao caos?
Quando somamos os pagamentos que são feitos para a ARQUITEC, ou seja lá que empresa for, percebemos a má fé administrativa, pois sequer oferece as devidas condições para que a mesma efetue um trabalho eficiente e cumpra as cláusulas contratuais, para que possamos avaliar. Então como culpar uma empresa que tão somente, defende os seus próprios interesses sem sequer ter recebido um só voto para estar aonde se encontra, ou seja, sugando nosso pouco ar de munícipes explorados.
Precisamos de uma infraestrutura decente para então, ter empresas sérias e sem vínculos políticos que efetuem seus trabalhos com respeito ao povo que lhe paga através dos muitos impostos que paga.
Está tudo errado e não é de hoje, pois, no momento tudo que se vê é tão somente a continuidade da farofada de sempre, onde a desculpa do não podemos é sempre o prato principal.
Quatro anos de uma gestão, realmente, é pouco para restaurar décadas de abandono, mas é tempo suficiente para mostrar a que veio, utilizando cada centavo da arrecadação pública, não para tampar buracos ou para fazer obrinhas pontuais ou esperar que o estado intervenha, mas para mês a mês, distribuir realizações em cada bairro e ruelas desta cidade linda por natureza, para que orgulhoso e feliz, o povo possa lhe garantir mais quatro anos sem quebra de continuidade.
Desculpas não cabem numa administração que paga tanto por especialistas e assessorias em tudo que nada acrescentam verdadeiramente de relevante no contexto social e humano da cidade.
Tais contratações que fazem as contas públicas geralmente extrapolarem, são como aves de rapina, devorando as vísceras da alma da cidade.
Mato, lama, poeira, bichos peçonhentos, são apenas o berço de toda a inadequação cultural e educacional que apresentamos no dia a dia de nossa cidade.
A segunda está nublada, mas a mente está límpida como nunca.
Agora, convenhamos, ter uma gestão derrotada pela lama, pelo lixo e pelo mato é vergonhoso e absolutamente deplorável.




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