quinta-feira, 31 de julho de 2025

O SIM E O NÃO INTIMO...

Nesta quinta-feira que sequer, clareou e de muito frio por estas bandas de Santa Catarina, beberico o meu pingado enquanto, penso no que vou escrever e chego à conclusão que preciso mais uma vez focar nas incoerências que moldam as nossas vivências e que são responsáveis por um sem- número de aflições que por sua vez, geram sentimentos e atitudes danosas a nós e ao tudo mais ao nosso redor. Vivemos tempos em que muitos desejam uma vida plena, coerente, alinhada com seus valores... Todavia, poucos estão dispostos a pagar o preço da autenticidade. Queremos paz, mas alimentamos conflitos. Queremos amor, mas sem doação. Queremos resultados, mas sem mudança de postura. E assim, instala-se uma insatisfação constante, silenciosa, corrosiva, que dá lugar à frustração e, por vezes, à inveja de quem simplesmente decidiu dizer sim ao que é essencial e não ao que é ilusório.


quarta-feira, 30 de julho de 2025

GRATIDÃO DETURPADA

Nesta quarta-feira, acordei pensando no quanto, nós brasileiros, como pessoas e cidadãos estamos invertendo e faz tempo, sentimentos legítimos e nobres. Vivenciamos tempos em que tudo se move depressa. As mensagens são instantâneas, os encontros são breves, e os gestos... nem sempre são lembrados. No meio dessa pressa toda, a gratidão parece uma pausa quase fora de lugar.

Mas é justamente essa pausa que nos humaniza.

Penso, que gratidão não é apenas dizer “obrigado”. É reconhecer que alguém escolheu partilhar conosco o seu tempo, a sua atenção, o seu cuidado e que poderia não o ter feito. É ter memória do bem recebido, mesmo que ele tenha vindo em silêncio, sem aplausos.


terça-feira, 29 de julho de 2025

Quando o Amor se Torna Silêncio...

Acordei pesando no meu estilo de escrita reflexiva que exercito desde os meus quatorze anos, quando então, auxiliada pela espiritualidade, foquei minha atenção nas incoerências que percebia nos comportamentos humanos e seus efeitos nas ações e reações a partir do meu convívio familiar e que ao longo da vida, fui percebendo tratar-se de cópias que só mudavam de endereço.

Hoje, focarei no declínio das emoções amorosas, pontuando não ser um fenómeno exclusivo da juventude, como se costuma afirmar, afinal todos em algum momento da vida, fomos jovens e também aprendizes no amor. Com o tempo, descobrimos que amar exige muito mais do que encantamento e promessas feitas em tardes de sol. Exige presença, cumplicidade, paciência e sobretudo, maturidade.


segunda-feira, 28 de julho de 2025

A Vida é um Tesouro

[Estrofe 1]

A vida é linda, vamos cantar,

Tem mil surpresas pra nos mostrar.

Brinca no vento, corre no chão,

Bate feliz em cada coração!

[Refrão]

Viva, viva, a vida é luz!

Brilha forte como a luz do céu.

Sorrir, amar, é sempre bom,

A vida canta o seu próprio som!


"O FUTURO ESTÁ NAS CRIANÇAS?

Durante décadas repetimos, como um mantra: “O futuro está nas crianças.” Dizemos isso em discursos, em campanhas, em datas comemorativas, mas será que acreditamos mesmo nisso?

Porque, se acreditássemos, o mundo já teria mudado. Estaríamos investindo pesado na educação emocional, na empatia, no respeito a vida... 

Estaríamos cultivando nas escolas não só matemática e português, mas também o respeito, a curiosidade e a criatividade. Não prepararíamos as crianças apenas para os testes, mas para os desafios da vida em seu cotidiano.


domingo, 27 de julho de 2025

SILÊNCIO CÚMPLICE

Acordei relembrando da liberdade que usufruí em minha infância e adolescência e também lamentando que foi ali, nos idos anos setenta, que algo começou a ranger nos alicerces da nossa sociedade. O mundo fervia em mudanças, bandeirando paz, amor e as revoluções dos costumes, no entanto, por baixo da bruma psicodélica, um pilar invisível e fundamental começava a trincar: o respeito. A autoridade virou opressora, a família virou opressiva, os valores viraram peças velhas num armário mofado da moral e da ética. E ninguém percebeu que, ao questionar tudo sem propor nada, estávamos empurrando o caos pela porta da frente, deixando-se criar o crime organizado com crachá e paletó., que finalmente chegou às ruas. 


Esquecimento Programado

Desde domingo, as mídias se empenham em homenagear a empresária e cantora Preta Gil de quem, particularmente não era fã, se bem, que reconhecia seu talento e carisma, todavia, suas músicas não preenchiam as minhas necessidades musicais, como tantos outros astros Pop, portanto, meu gosto pessoal, não vem ao caso nesta minha crônica que visa unicamente, fazer um comparativo, afinal, diariamente morrem cientista que salvaram milhares com uma vacina, todavia, quando muito, uma notinha é oferecida pelas mídias e em seguida o silêncio, já que ninguém conhece, ninguém comenta. 

Que ironia: quando parte um ídolo da música ou um astro cinematográfico, as notícias explodem, tomando o tempo e os espaços dos telejornais e das redes sociais e aí, minhas observações de forma alguma são desrespeitosas ao legítimo luto e sim, chamar a atenção, quanto ao que também deveria receber a mesma consideração que certamente, induziria o público ao reconhecimento de grandes e poderosas pessoas que por seus feitos trouxeram incontáveis bens ao planeta e à humanidade. 


sexta-feira, 25 de julho de 2025

A Lógica das Coisas...

Vivenciando um tempo em que as emoções ditam sentenças e os gritos fazem mais eco que os argumentos, há quem ainda como eu, se inclina sobre os fatos como quem lê um mapa com atenção, crendo que o mundo, embora caótico, tem uma ordem que se revela.

A lógica dos fatos não se impõe e muito menos faz barulho, apenas é. 

E por isso mesmo, é pedra fundamental para os maiores entendimentos, sejam científicos, sociais, políticos ou pessoais. Sem ela, toda opinião se transforma em julgamento, palpite.


quinta-feira, 24 de julho de 2025

O Peso dos Maus Hábitos Emocionais

Vivemos tempos em que muito se fala sobre saúde física, mas pouco consideramos o impacto silencioso que certos hábitos emocionais têm sobre o nosso corpo. Entre eles, destaco três atitudes que, embora comuns, revelam-se profundamente tóxicos para o bem-estar físico: reclamar de tudo e de todos que não compartilham das nossas opiniões, viver arrastando o passado e adotar sistematicamente o papel de vítima, recusando-se a reconhecer os próprios erros.

Reclamar constantemente é um vício emocional. Muitas vezes disfarçada de desabafo ou “sinceridade”, essa atitude desgasta não apenas o ambiente à nossa volta, mas sobretudo o nosso próprio organismo. O corpo responde ao negativismo com tensão, aumento do cortisol (hormônio do stress) e um estado de alerta contínuo, o que pode gerar dores crónicas, problemas digestivos, distúrbios no sono e uma infinidade de outros incômodos. Reclamar o tempo todo não resolve absolutamente nada, apenas afasta a paz interior e a saúde.


quarta-feira, 23 de julho de 2025

GOVERNO- EDUCAÇÃO -FAMILIA

Vira e mexe, minha inquieta natureza arrasta meus pensamentos reflexivos para a necessidade da união da família com a escola, não apenas em situações pontuais como ocorre normalmente através das reuniões preestabelecidas. 

Como mãe, professora, jornalista e contínua estudante das filosofias direcionadas aos comportamentos sociais/ emocionais das criaturas humanas e que atravessou décadas observando, analisando, comparando as transformações comportamentais da sociedade em seu todo, cheguei há muito a conclusão pessoal de que sem que se unam em uma real parceria, nada de consistente se desenvolverá, quanto a formação ética, moral, afetiva das crianças e adolescentes de nossas cidades que se reflita numa real e progressista evolução crítica de cada futuro cidadão.


terça-feira, 22 de julho de 2025

Altos Voos, Baixos Padrões

Mesmo constatando de que não tenho meus pássaros me dando bom dia, cá estou disciplinada como sempre, apesar de ter os dedos endurecidos pelo frio, digitando, pensando e sentindo a vida com alegria e disposição e claro, registrando impressões sobre as minhas vivências que no frigir dos ovos, é parecida com a de qualquer outra pessoa e neste amanhecer, ainda cansada no físico/ emocional da viagem, onde as mudanças climáticas são absolutamente distintas, impossível não pensar comparando a baixa qualidade atual dos voos nacionais em relação aos serviços oferecidos num passado nem tão distante, afinal, voar era quase um evento. Não se tratava apenas de ir do ponto A ao ponto B, mas de uma experiência que envolvia cortesia, deferência, sorrisos autênticos e, imagine só, um lanche que não parecia castigo. Havia até quem se vestisse bem para embarcar. Hoje, a popularização tão desejada, no entanto, transformou-se em uma espécie de esculhambação metida a besta, onde é mais fácil encontrar um unicórnio do que um passageiro satisfeito.


segunda-feira, 21 de julho de 2025

Até logo

Ontem não foi exatamente uma despedida, foi um "até logo" cheio de afeto. Nossa querida jornalista e escritora Regina Carvalho,  membro da Academia Brasileira do Recôncavo, está partindo para uma nova fase em Santa Catarina.

Reunimos os amigos na Pizzaria Amorim num encontro regado a carinho, sorrisos e muitas risadas. Foi leve, foi bonito, como Regina merece. E mais especial ainda porque quem veio buscá-la foi sua filha, Ana Paula que já mora por lá,  ela veio com um abraço de amor que atravessa distâncias e mostra todo o amor por sua mae. 

Desde a partida de seu amado Roberto, Regina ficou muito sozinha. E, com o coração cheio de cuidado, seus filhos Luis Cláudio e Ana Paula vêm insistindo para que ela vá morar mais perto deles. Agora chegou a hora. Ela vai, mas fica. Fica no coração de cada um de nós. E logo, logo, estaremos lá em Santa Catarina, levando mais um beijo, mais uma risada, mais um "que bom te ver de novo". 💙

Alguns cliques: Ana Aula, Cláudio Neves, Raimundinho, Carminha, Anderson Cerqueira, Betinha, Fátima dos Animais, Papuda, professora Mary Nubia  de Vera Cruz entre outros...

ATe logo minha amiga, 

Tereza Valadares Coelho 

#terezavaladarescoelho #CanalPP #ilhadeitaparica #amigo



domingo, 20 de julho de 2025

REFLETINDO...

Depois, de uma noite de sorrisos, alegrias, fotos e vinhos  a companhia de pessoas queridas e de ter passado um dia intenso, recebendo mensagens e telefonemas carinhosos, acordei nesta manhã de domingo, pensando no quanto, me é gratificante ter ao nosso lado, pessoas especiais que me prezam, portanto, abraça-los com gratidão foi a forma mais sincera de dizer obrigada, afinal, pode terem sido os últimos, afinal, podem ser os últimos de uma jornada existencial.

Penso que se nos ativéssemos na brevidade da vida, com certeza, seríamos e agiríamos com mais parcimônia, fraternidade e respeito com os demais, o que inclui a natureza que só existe para nos encantar e servir, assim como, nossas experiências vivenciais, cada qual, linha escrita, formaria  uma página repleta de emoções, ações, reações, superações e sentimentos, construídos com cuidados e esmeros, um capítulo a mais desta viagem existencial, sem termino determinado, mas que em seu trajeto, pode ser espetacular.


sábado, 19 de julho de 2025

Quando os ditadores se sentam à Mesa

Testão explicativo de uma apenas idealista que desejou e lutou contra a corrupção e os desmandos em sua cidade e país, com as únicas armas que possuía que eram, o conhecimento e o computador.

Em dado momento, que já não sei precisar, perdi o prazer de exercer a minha labuta política/social, afastando-me de tudo, restringindo meus interesses em frisar minhas visões sobre uma ética comportamental que desastrosamente desmoronou diante dos meus e dos olhos de qualquer pessoa com um mínimo de espírito crítico. 


sexta-feira, 18 de julho de 2025

SEMPRE MINHA ITAPARICA...

Acordei poeta, inspirada pelo amor e pela gratidão por esta bendita terra, que resgatou e deixou florescer, o melhor de mim.


quinta-feira, 17 de julho de 2025

ASSUSTADORA SIMPLICIDADE

Estive desde muito cedinho, buscando inspiração e nada me vinha a mente ou melhor, tudo me vinha em forma de enxurrada de informações variadas e lembranças, mas nada, absolutamente nada me parecia interessante o suficiente, até que, ouvi um audio de uma entrevista de Marina Silva, enviado pela amiga Barbara westmam, onde como uma extraordinária mestra, discorria sobre a evolução da humanidade e sua relação com o Planeta.

Em seguida, como se o universo quisesse me dar uma mãozinha nesta quinta-feira friorenta, abro o facebook e lá está um lamento em forma de crônica de Lia Luft, sobre a imbecilização mercantilizada da humanidade, que vem ocorrendo em passos acelerados, desde a metade do século passado.


quarta-feira, 16 de julho de 2025

O PRECIOSO TEMPO QUE DEIXAMOS ESCAPAR...

Em dado momento, meu Roberto e eu, paramos de correr, pois, percebemos instigados pelas circunstancias na época que éramos dois robôs programados, já que vivíamos correndo e repetindo condutas que nos roubavam o direito de simplesmente viver, já que como a maioria, justificávamos a nossa afobação com a velha expressão: “Não tenho tempo”. E aí, acordávamos mecanicamente (quando conseguíamos dormir serenamente) ou com o despertador, tomávamos o café, sem saboreá-lo devidamente, saíamos para trabalhar e etc., repetindo como papagaios e nos achando os “fodas”; “não tendo tempo”.

Será que não tínhamos? 


terça-feira, 15 de julho de 2025

AS HEROÍNAS DA MISÉRIA...

Nesta manhã chuvosa e incrivelmente ouvindo alguns pássaros que agitados piam escondidos entre os galhos e as densas folhagens das sobreviventes mangueiras próximas, penso envergonhada que até, conhecer o nordeste, não havia visto tão de perto as expressões dolorosas e silenciosas da miséria, onde geralmente as mulheres, são as protagonistas anônimas.

Nas esquinas do Brasil profundo, onde o sol castiga e o tempo se arrasta entre baldes d’água e contas atrasadas, vivem mulheres que sustentam o país sem saber. No Norte e no Nordeste, especialmente, elas são o esteio de lares que resistem na marra, no improviso e na oração.


segunda-feira, 14 de julho de 2025

CHOVE LÁ FORA

...e no meu coração também nesta tarde de domingo de julho, que se apresenta mais frio que do costumeiro nos vinte e três invernos de permanência em Itaparica.

Faz muito tempo que não sinto qualquer tipo de ansiedade, capaz de despertar aquela melancolia que beira a tristeza e induz a um choro doído.

No entanto, nesta última semana em que se aproxima a minha despedida deste paraíso que abusadamente, chamo de meu, confesso que tem sido ainda mais difícil deixar para traz minha praia, meu jardim, meus pássaros e toda esta magia energética que tomou posse de mim e que lentamente, foi me transformando de lagarta rastejante em uma leve e livre borboleta.


domingo, 13 de julho de 2025

“Pertencer para Transformar”

Era uma vez uma Regininha que descobriu que o mundo não começava na sala de aula, nem terminava no portão da escola. Descobriu que o mundo estava na calçada da sua rua, nas histórias do seu bairro, nos sotaques de sua cidade plural, nas diversidades e contradições do seu estado, e até, no seu país.

Regininha, enquanto criança forte e bem nutrida, aprendeu que aprender não era só decorar datas e fórmulas. Era também reconhecer o cheiro da comida do vizinho, escutar o samba carioca da esquina, notar o buraco na estrada, a luz do poste apagada, o indevido lixo pelas ruas e questionar por que ele ainda estava lá. Era olhar para o chão onde pisava e, ao mesmo tempo, levantar os olhos para o céu, acompanhando os voos dos pássaros e borboletas, afinal, sonhar, desejar e tentar criar, também era preciso.


EXCESSOS E EXAGEROS..

Venho pensando e cada vez mais atordoada que desde a virada do milénio, parece que pisámos no acelerador da vida sem olhar para o retrovisor. Tudo ficou mais rápido, mais intenso, mais urgente. A humanidade, que outrora caminhava com cautela entre o saber e o sentir, agora corre, atropela e grita, como se a pressa fosse virtude e o excesso, um troféu.

Talvez tenhamos cruzado um ponto invisível na virada do milénio. Um limiar silencioso, onde o que era excesso passou a ser norma, e o exagero, estilo de vida. De lá para cá, tudo parece inflacionado: os desejos, os medos, os ruídos. É como se o mundo tivesse perdido a balança e andasse, há anos, cambaleando entre a pressa e o ego.


sexta-feira, 11 de julho de 2025

Quando a Fé Cala a Violência Grita

Cada amanhecer deveria ter sido, pelo menos nos últimos 35 anos, apenas mais uma manhã qualquer, no entanto, logo cedinho, basta abrir o noticiário, seja ele qual for, para ser golpeado por mais uma enxurrada de tragédias urbanas. Tiros à céu aberto, assaltos e roubos a cada instante, crianças baleadas em becos que já foram quintais. 

As cidades sangram todos os dias...


quinta-feira, 10 de julho de 2025

A FILOSOFIA E EU

Acordei lembrando de quando, aos 60 anos, decidi voltar a estudar e assim o fiz, ingressando na UFRB para cursar filosofia em meio a uma linda garotada que me recebeu muito bem. 

Desde o início constatei ter adentrado numa constelação de ideias e ideais, onde cada pensador se tornara uma brilhante estrela, distribuindo caminhos de aperfeiçoamento existencial.

Percebi que mais que teorias, seus questionamentos, dúvidas e sugestões, quando lidas e entendidas, estavam sendo capazes de abrirem as portas de minha mente, universalizando-a e isto, me fascinou e consolidou a minha própria teoria que já vinha por longos anos desenvolvendo, afinal, reconhecia a carência existente nas escolas em relação ao aprimoramento das práticas vivenciais.


quarta-feira, 9 de julho de 2025

ESCREVO PARA SOMAR-OUÇO PARA ENTENDER

Não sei se escrevo ou admiro o bendito sol que nesta manhã, resolveu voltar a brilhar no céu de Itaparica, depois de dias intermináveis de chuva.

Também os pássaros estão como eu, maravilhados e se expressam cruzando o jardim com seus voos e cantos, alegrando ainda mais o meu coração.

Logo ao acordar, pensei analisando o meu ofício de comunicadora que nos dias atuais em meio a tantos outros mais veementes, jovens, descolados e bonitos, colorindo com suas imagens as redes sociais, enquanto eu, instigo reflexões, caminhos únicos, capazes de mudarem posturas e aliviarem sofrimentos inúteis.


FELICIDADE INCOMODA

Estou aqui pensando, numa constante avaliação de minha vida, sobre os poucos, mas danosos e destrutivos inimigos que arrebanhei nesta minha jornada existencial, se bem que sempre preferi lembrar daqueles que me quiseram o bem ao longo da trajetória, todavia, vez por outra, lembro dos “desafetos”.

Forço a mente e vou a infância, cujas lembranças são maravilhosas, mas mesmo entre elas, lá estava a tia Helena, irmã de meu pai que não mediu esforços em ser desagradável, inclusive malévola, pois sabedora de meu pavor em relação as baratas, sempre que podia, ameaçava joga-las em mim, criando assim, um trauma que me acompanha até os dias atuais. Pura maldade, sem razão de ser, afinal, eu era uma garotinha de cinco ou seis anos, o que poderia ter feito para despertar tanta rejeição que na realidade se arrastou vida afora.

Depois, vieram as cunhadas, cada qual, me detestando mais que a outra. Cruz credo!!! Só de lembrar, me arrepio...


terça-feira, 8 de julho de 2025

ESTAMOS AQUI...

Acordei com o som de um pássaro na janela. Nada de extraordinário, diriam muitos. Todavia, aqui nesta janela comum que se descortina para um jardim encharcado pelas constantes chuvas, sinto uma espécie de milagre pulsando . O canto do pássaro, os aromas vindos do jardim, a repentina vontade de tomar um cafezinho, o céu ainda escuro, o meu respirar.  Tudo é vida e eu estou aqui para apreciar... 

Penso então, que vivi tantas vezes no automático, preocupada com o que faltava, com o que ainda não havia conquistado, que esquecia da maravilha maior: estava viva. Respirando, sentindo, pensando, amando, desejando e, ainda que o mundo e o meu cotidiano me parecessem às vezes caótico, eles eram, sobretudo, fascinantes, porque eu poderia senti-los.


segunda-feira, 7 de julho de 2025

REGININHA E SEUS IMPROVISOS...

Antes de mim, três outros já haviam sido derrotados nas negociações com o poderoso “Senhor,” proprietário da maior rede de cinemas de Brasília, portanto, eu era apenas, uma última cartada de meu diretor comercial que disse; de repente, vai que a sua inexperiência o comova.

Sim, aquela foi a minha primeira missão como publicitária, desafio que se fosse vencido, me renderia a exclusividade de uma página diária, o que era um incentivo incrivelmente rentável e aí lá fui eu, sem a menor noção do que me aguardava, deixando para traz, uma equipe sacana de colegas homens que se regozijavam antecipadamente com o meu fracasso.


domingo, 6 de julho de 2025

O Amor e os Caminhos do Tempo

Chove lá fora e faz frio e sem constrangimentos inúteis, pondero sobre o amor, esse velho conhecido das canções e dos silêncios sem os quais, simplesmente não sei viver, se bem que ciente de que induzem sem piedade a cada um de nós, vestindo esse sentimento de muitas formas ao longo da vida, só para atender as nossas mais íntimas necessidades. 

Às vezes surge impetuoso, como um vendaval de um primeiro olhar que derruba certezas, sem nome definido, mas que agita tudo dentro de nós e à nossa volta, como um sopro de vida que renova, bem ao meu gosto, que sou impetuosa, mas  que o tempo harmoniza e se adequa a realidade da conivência. Noutras, é brando, quase imperceptível, um sopro que se insinua devagar até que se instale no coração com o conforto de quem chega para ficar.


sábado, 5 de julho de 2025

ARAGEM FRIA

...acompanhada de um fim de tarde melancólico, afinal, jamais gostei de despedidas, no entanto, esta, se apresenta lenta, arrastando-se por todos os meus sentimentos, despertando lembranças, apertado o peito, confundindo a mente, sem sequer, uma só lágrima deixar rolar. 

Nem bom e nem ruim, apenas diferente...

Meus olhos, fixam o jardim meio que inertes, penso nas muitas inspirações, no imenso companheirismo, no bendito repouso à minha mente fértil, muitas vezes confusa, afoita e destemida.

O tempo passou, sem que eu me desse conta, apenas vivi, sorvendo das provisões que me foram oferecidas, fossem migalhas ou rico farnel.


"DO JEITINHO À CORRUPÇÃO"

Há um ditado popular que diz: "O brasileiro não desiste nunca." Mas, se olharmos mais de perto, talvez o que o brasileiro nunca desiste mesmo é do jeitinho. Aquele atalho disfarçado de esperteza, que começa pequeno, como furar uma fila, não devolvendo o troco que veio a mais ou dar uma nota ao guarda para evitar uma multa, mas que, quando se alastra pelos porões e corredores do poder, transforma-se em corrupção, algo bem mais corrosivo.

No Brasil, a corrupção não é apenas um escândalo de jornais; é uma epidemia estrutural. Está entranhada em esquemas políticos, contratos públicos e favores obscuros. E o mais grave? Já se tornou, para muitos, um facto consumado, um descaramento a céu aberto, amparado pela constante impunidade, uma parte do "sistema” como se fosse impossível governar sem ela.


quinta-feira, 3 de julho de 2025

PAREDÕES X VIOLÊNCIAS

Um novo amanhecer e uma nova reflexão e neste, lembro de uma certa noite em que debruçada na janela do apartamento em que morava, próximo à Fonte da Bica, região considerada nobre de Itaparica, fui surpreendida com um som que eu diria alarmante, pelo volume e pela mensagem de letra chula, com refrão repetitivo, um verdadeiro caos sonoro e ensurdecedor, vindo de um bairro vizinho.

Coisa de louco!

Descobri na manhã seguinte, tratar-se de um “paredão” que se repetiu em outros finais de semana, instigando-me a pensar a respeito dos possíveis e danosos efeitos nas mentes das crianças e adolescentes, correlacionando-o com a violência sempre crescente e já estabelecida em todas as áreas da convivência humana, afinal, quem acompanha os meus escritos ou já leu um dos meus livros, bem sabe o quanto me preocupo com a formação mental, psíquica e emocional das crianças e aí, fui pesquisar as conclusões de alguns renomados centros de estudos mundo afora, buscando validação às minha ideias a respeito.


quarta-feira, 2 de julho de 2025

“SOPA NO MEL”

Já faz tanto tempo, mas pra mim, é como se tivesse sido ontem, podendo ainda sentir o coração insistindo em sair pela boca e as pernas bambas, diante do diretor comercial do Diário de Brasília que, ao contrário do monstro que eu imaginara, era simpático e cordial.

Hoje, 53 anos depois, relembro o fascínio que aquelas instalações exerceram na ainda garota com a alma de borboleta, desejosa e temerosa no enfrentamento de seu primeiro voo.

Ah! Deus como voei entre as pranchetas da redação, da paginação e diagramação, bisbilhotando e absorvendo vorazmente cada detalhe do funcionamento daquela máquina de engrenagem humana que produzia e a rotativa imprimia, numa parceria que aos meus olhos, mais parecia um poema diário, pelo qual, fui me apaixonando.


terça-feira, 1 de julho de 2025

“O POR ACASO NÃO EXISTE”

Há quem diga que a vida é feita de acasos, encontros e caminhos que se cruzam sem aviso, gestos soltos no tempo como folhas levadas pelo vento. Mas há também quem veja, como eu, por trás de cada movimento, uma direção apenas sentida, uma mão invisível que guia, sugerindo o sim ou o não ao roteiro dos dias.  E é nesse sussurro do mistério, mas que está ativo nos animas, no que se inclui, nós os humanos que me ecoa a ideia: o por acaso não existe.

Particularmente penso que tudo tem uma razão, ainda que silenciosa ou aparentemente sem lógica maior de ser. Seja um olhar que se cruza no meio da multidão, a carta perdida que chega tarde, o amor que floresce quando já nada se espera, levando-me a deduzir que nada disso é gratuito, nada disso é mero acaso, daí a necessidade de não banalizar, já que cada momento é um ponto bordado no tecido do destino, mesmo que a princípio pareça apenas um fio solto.


APESAR DE...

Acordei tarde, fugindo dos meus padrões cotidianos, afinal, o bendito frio de Tubarão, resolveu dar uma trégua neste amanhecer e então, sere...