Vivemos tempos em que muito se fala sobre saúde física, mas pouco consideramos o impacto silencioso que certos hábitos emocionais têm sobre o nosso corpo. Entre eles, destaco três atitudes que, embora comuns, revelam-se profundamente tóxicos para o bem-estar físico: reclamar de tudo e de todos que não compartilham das nossas opiniões, viver arrastando o passado e adotar sistematicamente o papel de vítima, recusando-se a reconhecer os próprios erros.
Reclamar constantemente é um vício emocional. Muitas vezes disfarçada de desabafo ou “sinceridade”, essa atitude desgasta não apenas o ambiente à nossa volta, mas sobretudo o nosso próprio organismo. O corpo responde ao negativismo com tensão, aumento do cortisol (hormônio do stress) e um estado de alerta contínuo, o que pode gerar dores crónicas, problemas digestivos, distúrbios no sono e uma infinidade de outros incômodos. Reclamar o tempo todo não resolve absolutamente nada, apenas afasta a paz interior e a saúde.
Outra armadilha perigosa é o hábito de se viver preso ao passado. Reviver mágoas, erros ou frustrações antigas impede-nos de seguir em frente. Portanto, mais do que uma questão emocional, esta postura tem efeitos negativos e reais no físico. A mente, constantemente mergulhada em lembranças dolorosas, induz o corpo a viver num estado de stress prolongado, que denominei de “estupro continuado”, enfraquecendo o sistema imunitário e provocando cansaço persistente. A vida exige presença e o passado, por mais instrutivo que seja, não deve nos aprisionar.
Por fim, o hábito de recusar a responsabilidade pelos próprios atos, assumindo o papel de vítima sempre que nos sentimos expostos negativamente, esta, é uma das atitudes mais autodestrutivas que alguém pode cultivar., pois, bloqueia o crescimento pessoal, compromete os relacionamentos e impede qualquer tipo de superação. Além disso, gera um estado constante de tensão emocional, cuja carga recai inevitavelmente sobre o corpo.
Penso que não se trata de ignorar sentimentos ou fingir que está tudo bem, afinal, a vivência e a convivência, tem se mostrado muito complicadas. Trata-se de reconhecer que, muitas vezes, somos os principais responsáveis pelo nosso sofrimento e que isso pode ser mudado. Cuidar da saúde física começa por cultivar equilíbrio interior, responsabilidade emocional, capacidade de transformação, objetivando o amor por si mesmo, induzindo a mente e esta, ao corpo, despertando os alívios necessários.
O corpo, certamente agradecerá, desabrochando os prazeres e as levezas, fazendo dupla constante e inseparável com uma mente, sadia.
*Este texto foi extraído de experiências pessoais que fui registrando ao longo de mais de trinta anos, quando entendi que viver poderia ser diferente e extremamente gratificante, bastando que eu me esforçasse na erradicação de velhos e carcomidos pensamentos, de posturas e sentimentos repetitivos que eram gatilhos de meu constante sofrimento e desconforto. Fui entendendo aos poucos, mas de forma saudável, uma crescente necessidade de mudar o meu jeito de enxergar e sentir a minha própria vida, resgatando a sensibilidade amorosa em relação a mim e consequentemente ao tudo mais*.
"Batei e vos será aberto. Porque todo aquele que pede, recebe. Quem busca, acha. A quem bate, se abrirá” (Mateus 7,7-8).
Eu venho produzindo os meus milagres, comece a produzir os seus, pois, “é bom demais da conta, sô”.
Regina Carvalho- 24.7.2025 - Tubarão S.C
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Mente ampliada para o que verdadeiramente importa.
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