Uma coisa leva a outra e nesta manhã ensolarada de um verão extremamente atípico, devido as altas temperaturas, minha primeira visão como sempre foi a do céu azul ao abrir as janelas e, como sempre lindo e aí, como se assoprasse em meus ouvidos uma doce inspiração para o texto de hoje, lá estava o mimo de meu querido amigo paulistinha Jeferson, que me enviara um vídeo, exaltando as belezas do meu Rio de Janeiro.
Cidade natal que abandonei ainda muito cedo, buscando o que eu, na época, sequer saberia explicar do que se tratava, mas que muito tempo depois, já com os cabelos embranquecidos, compreendi tratar-se de liberdade em ser e viver, tal qual, os pássaros e borboletas, fascínio da garotinha que contrariando as recomendações da mãe, fixava os olhinho no céu e nele se inseria, sonhando com o seu infinito, deitada no piso da varanda da cobertura da Barão da Torre,577, namorando o céu e em Guapimirim, a beira do Riacho, deliciava-se com o frescor das virgens vegetações que em comunhão com os cantos dos pássaros, o bailado das borboletas e as vibrações dos beija-flores, desenhando em minha alma, o melhor que a vida tinha para me oferecer...
E Deus!!!
Como tem me oferecido sem reservas!!!
Que nesta quinta-feira, as riquezas da memória de quem me lê, venham a tona como bendito bálsamo para as dores que o mundo impiedoso, também não pouca em oferecer...
Regina Carvalho- 13.2.2025 Itaparica
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