Se não se ensina a criança ainda pequena, o valor de seu corpo, exaltando-o como o maior e mais completo milagre seja de Deus ou simplesmente um acaso químico da natureza, variando em crenças e valores, como esperar deste no futuro, maior compreensão sobre como o preservar, evitando tudo quanto, possa enfraquece-lo e até mesmo destruí-lo?
Pior...Como esperar que ele tenha a noção da necessidade em preservar o tudo mais que representa vida e que é fundamental para a qualidade e preservação de seu corpo e para todas as funções que este oferece?
Como correlaciona-lo à uma fração poderosa de um todo, onde a responsabilidade da manutenção é só dele?
Como fazê-lo aprender a buscar seu devido lugar no espaço que ocupa, sem macular-se?
Como fazê-lo compreender a importância da preservação do ar sem o qual, simplesmente, deixa de sobreviver?
Detalhes que passam batido nas regras educacionais domesticas e tão pouco, são ocupadas em uma disciplina obrigatória, no ensino formal.
Portanto, a constatação é a de tão somente, buscar aprendizado para remediar, seja lá o que for começando por si mesmo, quando, preservar deveria ser a regra única a ser ensinada.
Penso nos tantos doutores da educação, da medicina do corpo e da mente, nunca terem pensado e implantado a simplicidade em ser e a conviver com a vida.
Será porque apesar de doutores, nunca também tenham tido tamanha conscientização?
A banalização do bem mais precioso do ser humano o está destruindo a passos largos, assim, como ao espaço que ocupa, induzindo-o a buscar levianas alternativas que os substitua, mas em momento algum, percebe-se qualquer movimento, quanto ao restauro de sua perspectiva existencial.
Na minha visão míope e limitadíssima de um ser humano sem destaque, há muito compreendi a extensão de minha riqueza pessoal, assim, como a descomunal impotência em nada além de minhas escritas, poder colaborar, freando a loucura que desde sempre e, agora, mais do que nunca desenfreada, coloca o homem, contra ele mesmo, num desvario, disfarçado com discursos impactantes, músicas, rebolados e mil e uma, ostentação.
“Esses moços, pobres moços
Ah! Se soubessem o que eu sei
Não amavam, não passavam
Aquilo que eu já passei
Por meus olhos, por meus sonhos
Por meu sangue, tudo enfim
É que eu peço a esses moços
Que acreditem em mim
Se eles julgam que a um lindo futuro
Só o amor nesta vida conduz
Saibam que deixam o céu por ser escuro
E vão ao inferno à procura de luz”
Trechos da música “ESSES MOÇOS” escrita em 1948 pelo gaúcho Lupicínio Rodrigues.
Regina Carvalho- 25.2.2025 Itaparica
Nenhum comentário:
Postar um comentário