Neste amanhecer ouço Vivaldi, imaginando-me num lépido caminhar numa tarde de Primavera, pisando num gramado salpicado das pétalas que o vento havia derrubado, deixando-o ainda mais aromatizado e colorido.
Sinto em cada acorde um prazer inenarrável, percebendo que o meu todo de criatura humana, experimenta o gozo supremo da felicidade em se sentir existido em um espaço não definido por portões, muros e cercas elétricas, tendo o infinito a minha disposição.
Maravilha poder sentir-me sem limites, divisórias, correntes, arreios e muito menos viseiras, numa liberdade em que só eu, posso me oferecer e usufruir...
Bendita noção de espaço sem fronteiras, num simples caminhar mental, onde o ir e vir é tão somente, decidido por mim, onde o ficar e o partir, só depende do quanto, desejo usufruir do prazer do simplesmente, estar...
Regina Carvalho- 25.2.2025 Itaparica
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