Como acontece todos os anos próximo ao Carnaval, de uma forma ou de outra, lá vem a memória trazendo a inesquecível GIGI DA MANGUEIRA, quem eu gostaria de ter sido na minha adolescência.
Moça branca e pertencente a classe média da zona sul carioca, Linda e exuberante desfilava pela avenida, repleta de colares, turbantes e penas coloridas, a jovem passista, dava um verdadeiro show de ritmo nos pés, não ficando devendo em nada, as mulatas cariocas, quebrando de vez, num pioneirismo abusado, o estigma de que a “branca”, não tinha molejo e não sabia dançar.
Hoje, no apogeu de seus 80 anos, ainda é lembrada por mim, como se o tempo tivesse congelado a morena de cabelos cor de mel, corpo escultural e uma simpatia que a todos conquistava, adentrando em sala de aula do Colégio Rio de Janeiro em Ipanema, para cursar o ginasial, como uma garota qualquer.
Qual nada, ela era e sempre será a GIGI DA MANGUEIRA, fantasia dos homens, inveja das mulheres, modelo de sucesso de tantas meninas, com eu.
Regina Carvalho- 18.2.2025 Itaparica
PERFIL
Regina Helena Esberard (Rio de Janeiro, 1 de setembro de 1945), conhecida como Gigi da Mangueira, é uma ex-passista, modelo, vedete e atriz brasileira[1].
Nascida em Copacabana, foi criada em Ipanema. Aos 14 anos começou a trabalhar numa confecção de roupas femininas e, a convite da dona da empresa, passou a desfilar. Da passarela passou ao teatro, levada por Carlos Machado. Estreou nos placos no espetáculo O Teu cabelo Não Nega, de 1963. Destacou-se entre as novatas por saber sambar, tendo frequentado a quadra da Estação Primeira de Mangueira desde que assistira a uma apresentação da escola no Liceu Franco-Brasileiro, onde estudava[2]. Ao começar a vida artística, recebeu o apelido, dado pelo jornalista Eli Halfoun.
Desfilou pela Mangueira pela primeira vez como destaque, em 1961, quando a escola foi campeã com o enredo Reminiscências do Rio antigo. Mas só a partir de 1962 que se tornou passista. Primeira moça branca de classe média da Zona Sul carioca a entrar para o mundo das escolas de samba, defendeu a verde-e-rosa até 1983, interrompendo a sequência apenas em 1966, quando nasceu o seu segundo filho. Parceira de Mussum, ganhou destaque na imprensa por quebrar o estereótipo da passista negra e moradora do morro[.
Como atriz, trabalhou no curta-metragem O Anjo, de Sílvio Autuori, mais tarde lançado como episódio do longa Quatro Contra o Mundo (1970). Gravou um compacto com os sambas Diz que Fui por Aí, de Zé Keti, e Água na Boca, do Cacique de Ramos
Abandonou os desfiles em 1984, quando foi inaugurada a Passarela do Samba. Voltou pela última vez em 1997, quando a Mangueira homenageou os Jogos Olímpicos com o enredo O olimpo é verde e rosa, porém não mais como passista e sim, usando roupa da diretoria.
Pesquisa dos dados pessoais e texto de Regina Carvalho
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Tempo em que as bundas femininas ainda eram cobertas e nem por isso, deixava de impressionar pelo mistério.
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