Hoje me superei acordando sorrindo as três horas da manhã, depois, de dormir sete deliciosas horas.
Sorrindo do meu fracasso sistêmico, afinal, acabei jogando por terra, tudo quanto, fui induzida a buscar e enquanto, assim agia, mais e mais leve e feliz eu ia ficando.
Pode um absurdo desses?
Confesso que nada premeditei, pelo menos conscientemente, todavia, a minha alma livre e obstinada, foi dando o seu empurrãozinho, não deixando, no entanto, que os modelos habituais do sucesso se estabelecessem, todavia, nunca os negou a mim, inclusive, deixando-me vez por outra, curti-los lambendo os lábios e declamando um contínuo amém.
Portanto, acordar sorrindo não é um espanto para mim, que segundo minha filha, trata-se apenas de mais um hábito de velho”, enraizada em mim, já que somente estes, dormem e acordam cedo, mesmo nada tendo o que fazer.
Será que ela tem razão?
Talvez, não sei...Até porque, sempre acordei bem cedinho, o que me leva a pensar que já nasci velha.
Afinal, tudo que sei e sinto é que sem estresse, lá vou vivendo a vida, capaz de inclusive, dormir e acordar sorrindo, o que me faz pensar que medir o sucesso de uma pessoa é uma complexa empreitada.
Ontem pela manhã, numa das intermináveis conversas telefônicas com a Consuelo, minha amiga de uma vida, cheguei a conclusão que, passar por tudo que eu passei nesta vida, que nem de longe, foi uma empreitada sequer razoável com seus desafiantes, trancos e barrancos e estar viva, saudável, fazendo planos e sonhando de olhos abertos e ainda repleta de autênticos sorrisos, minha pragmática mãe, se viva estivesse, diria que alcancei o mais sustentável dos sucessos.
Será?
E aí... Você já mediu o seu?
Regina Carvalho- 20.2.2025 Itaparica
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