E não é que fui desligar ainda de pijama o holofote do portão e no meio do caminho, senti finas gotículas refrescantes de chuva, o que ativou meu lobo frontal, liberando minha poção matinal de dopamina, produzindo uma poderosa dose de serotonina, fazendo com que o meu cérebro enviasse para o meu corpo uma sensação inimaginável de prazer e aí, segundos depois, voltei para dentro de casa sorrindo de pura satisfação que durou até neste instante, quando pela janela, percebo não ter apagado o holofote.
Pode uma coisa dessas, logo tão cedo, as cinco da matina?
Em que mundo te encontras, louca criatura?
Penso então, no quanto os conhecimentos referentes ao cérebro humano se expandiram e se popularizaram, trazendo para nós, meros mortais, explicações pra quase tudo em relação as ações e reações que cotidianamente expressamos.
Todavia, na mesma velocidade, os seus parceiros laboratoriais passaram a produzir inibidores e estimuladores, também para quase tudo, deixando-nos reféns, já que não nos estimulamos naturalmente, respeitando com prioridade os nossos benditos sentidos, capazes de como impecáveis sinalizadores nos despertarem para absorvermos também naturalmente, a poção serotonina que em nós existe para ser usada e, ainda por cima de graça, evitando a depressão, justo por produzir substâncias antidepressivas.
BOM DIA, dona Regina e trate de levantar a bunda da cadeira e desta vez, apagar o holofote, sem pelo caminho, transformar este ato mecanicamente repetitivo, num novo texto.
“Que nenhum laboratório me ouça, mas descobri há muito, que a substância química para que eu sinta prazer, eu mesma produzo e sou viciadona”!!!
Regina Carvalho- 22.2.2025 Itaparica
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