Tem dias em que os meus amanheceres são ainda mais espetaculares, fazendo-me chorar de emoções de alegria e gratidão, afinal, mais parecem presentes da vida que recebo recoberta de felicidade e o de hoje, chegou acrescido de duas demonstrações incríveis de pessoas que mesmo distantes espacialmente e desconhecidas uma da outra, dirigiram a mim, depoimentos pessoais, onde expressam sentimentos de carinho e gratidão, reforçando a minha certeza de que ser afortunado é bem mais que possuir bens materiais ou estar com os holofotes sociais sobre si, afinal, o tudo que conta são as intenções e ações que doamos e recebemos ao logo de nossas existências.
Lembro então, de uma certa ética que descobri fascinada existir de forma absoluta, mesmo, nada sabendo, apenas, absorvendo e processando de forma natural a natureza se expressando em suas variações que meus olhinhos de criança eram capazes de enxergar.
Percebi de imediato a harmonia na convivência que prevalecia, resistindo a toda e qualquer diversidade, assim, como também percebi, a importância do todo no amparo individual, afinal, o sol, a chuva, ora aquecia, ora refrescava, e lá no Riacho, as piabinhas não resistiam a força da contínua água, empurrando-as a seguirem caminho, enquanto, os seixos limados e as vegetações margeadas, serviam de pratos fartos, afim de alimentá-las.
Tudo era tão autentico, fosse na sutileza e leveza ou nas texturas e movimentos rudez, afinal, as piabinhas, aparentemente fracas dividiam espaço com o volumoso riacho e ainda, encontravam espaço para mordiscar minhas mãos e pernas, despertando os meus primeiros “ais” de prazer.
Pois é... Lá estava a Regininha aprendendo no exercício da pratica vivencial a bendita ética que mais tarde, fui entendendo ser tão somente, os comportamentos naturais em ser o que se é pra si e para o tudo mais, unicamente estimulada pela necessidade visceral e despretensiosa de estar, seja lá onde fosse, numa parceria harmoniosa e totalmente poderosa dos elementos nos seus necessários convívios.
Portanto, fui aprendendo que não há na relação de qualquer tipo de convivência, o bom ou o mal, o que nada tem a ver com certo ou errado apenas, o necessário adequado a mim e ao outro e aí, como não lembrar de Mateus 22.36 . “Quando perguntado, qual é o grande mandamento da Lei? A resposta de Jesus foi, reduzindo os 10mandamentos em apenas dois. "Amarás ao Senhor teu Deus (consciência) de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento", assim, como a teu próximo como a ti mesmo”.
Simples assim...
Regina Carvalho- 02.01.2025 Itaparica
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