Sem prévia programação, por toda a minha vida, minha mente, funcionou sem qualquer compromisso com o tudo mais, respeitando meu roteiro de viagens, independentemente de onde eu estivesse e o que esperavam de mim.
A minha sorte ou extrema atenção é que estou sempre sentada na poltrona, com cinto de segurança atrelado ao corpo, esperando a decolagem para voos surpreendentemente inéditos, afinal, os pássaros e, principalmente as borboletas, são ariscos e costumam me levar aos mais inusitados passeios.
Raras foram as vezes que senti receios, talvez, logo quando, ainda adolescente, com os hormônios pululando, percebi que riscos sempre existiam, mas o meu espírito libertário e minha confiança na pilotagem, falavam mais alto, abafando os sussurros da prudência e aí, hoje, pensando nisto, lembro de cada viagem que, desnudou-me lugares espetaculares, mesmo tendo de resistir aos vácuos e a muitas turbulências, valeu muito...
Rapaz ...E pensar que não precisei nem de dinheiro para as passagens e muito menos para as hospedagens, ficando os custos às dispensas da imaginação.
E haja, imaginação!!!!
Bom dia pra voce que me lê, desejado a cada um, pelo menos um pequeno voo diário, tipo Ponte Aérea, nesta semana que se inicia, acreditando que gostarão tanto, que como aconteceu comigo, seu piloto automático, quando acionado, esteja você aonde estiver, será um aprazível ansiolítico, sem efeitos colaterais.
Só não posso garantir que não vicia...
Regina Carvalho- 24.2.2025 Itaparica
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