Estou aqui refletindo o que será do meu Brasil e do mundo, já que os poetas do amor e da vida, reais mantenedores do belo, justo e valoroso de minha geração, pouco a pouco, estão se despedindo dessa expressão de vida, deixando lembranças de uma “Era” colorida e culta, amorosa e inspiradora, onde até para contestar, fazia-se poesia com refinado humor, elegância, respeito e sabedoria.
O que será que virá por aí, se o que já está aqui, aos moldes de um novo modelo de público, exalta uma apenas alienação fiduciária, penhorando o feio, o vulgar e o sem mérito?
O dantes delicioso amor privado, cantado em versos e prosas, abriu suas guardas e foi invadido para se tornar público em nome do escracho, virando hit em prol da total liberdade do direito em ser escroto.
E aí, tudo está se igualando para garantir a permanência do mal gosto, bem ao gosto induzido, seja no asfalto às esferas oficiais, não havendo recato, decência e compostura, afinal, hoje o domínio é de uma grotesca Democracia, onde o corrupto se iguala ao mais reles dos bandidos, a filha de alguém, precisa mostrar a bunda para se identificar como Deusa da vulgaridade, a competência é medida pela arrogância de quem se sente oprimido e o velho e gostoso reservado amor, hoje, na maioria das vezes, é apenas mais uma trepada, num escurinho ou céu aberto qualquer, com uivos de animais no cio.
Tesão, aonde fostes parar, pois sem a droga e a azulzinha não mais és encontrado.
Beleza, onde estais que já não te vejo?
Poesia, não morra tão rápido assim...
Regina Carvalho- 24.2.2025 Itaparica
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