quarta-feira, 13 de junho de 2018

VEZ POR OUTRA


VEZ POR OUTRA, o assunto da unificação dos municípios de Itaparica e Vera Cruz vem à tona, numa discussão, para mim, absolutamente desnecessária frente à infinidade de problemas que nos assolam e que, notoriamente, somos incapazes de resolver, aliás, sequer somos capazes de cobrar solução que não seja de forma atabalhoada e geralmente com cunho de rivalidade política.
Melhor seria se nos concentrássemos em nossas mazelas territoriais, buscando parceria com nossos vizinhos para juntos encontrarmos soluções que pudessem vir a alivia-las.
Somos cidades sem saneamento básico na maioria das residências, sequer conseguimos, em décadas, calçar ruas e avenidas, nossas escolas estão anos luz de uma educação diferenciada da fraqueza encontrada no restante do país, nossa saúde é capenga, porque nunca foi prioridade para nossos governantes, nossa segurança é piada se pensarmos no efetivo da Polícia Militar e na inoperância constante da Polícia Civil.
Ora bolas, até 01/01/2017, Vera Cruz estava jogada as baratas em um abandono desumano e nossa Itaparica marcava passo sem sair do lugar, além da educação que mostrava avanços tímidos, mas relevantes, se pensarmos no verdadeiro caos em que foi encontrada; e, assim de repente, ficamos também reféns da inveja e de segundas intenções de grupos políticos e passamos a alimentar a ideia de união, como se fosse um processo fácil e solução para a falta de respeito que temos por nós e por nossas vidas, quando votamos no inadequado, fazendo dele salvador de uma guerra social, onde todos nós somos responsáveis.
Foquemos no espaço que nos pertence e façamos dele a nossa prioridade, unindo-nos aos nossos vizinhos, amigos e parentes, numa corrente do bem, para que de uma vez por todas, a música toque a nosso favor, levando através da pressão popular os nossos políticos tomarem tenência e encararem com mais responsabilidade a divisão dos recursos que adentram nos cofres públicos, levando-os a saírem de seus cômodos postos de gestores da pobreza,  da vergonha administrativa e das históricas incompetências.
Enquanto, agredirmos ou aplaudirmos sem qualquer consciência do que seja bem comum, estaremos perdendo o nosso tempo e consequente vida com firulas e nada mais.
Enquanto os líderes políticos só pensarem em suas candidaturas e discursos de palanque e nos deixarem sem lideranças por longos e intermináveis anos de mazelas, estaremos trocando seis por meia dúzia e deveremos, então, guardar a viola no saco e aceitarmos o fato de que somos mais incompetentes que os incompetentes que elegemos e que nosso destino é o de ser babacas de plantão.



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