sexta-feira, 15 de junho de 2018

POIS É,


Pois é, estamos no século vinte e um, o homem já foi à lua há exatos cinquenta anos, o muro de Berlim foi derrubado, a Aids foi controlada, o mundo se globalizou através da internet, mas a criatura humana continua dura no entendimento de si mesma e do tudo mais, mesmo ostentando uma mente brilhante para as artes, ciências e tecnologia.
Se observarmos o nosso país, aí é que o bicho pega, pois estamos anos luz de atraso se comparado a outros países, bem mais pobres de riquezas naturais, bem menores em seus territórios, bem mais complicados nos seus sistemas climáticos.
A grosso modo, possuímos tudo que os demais ambicionam possuir, até mesmo os belos contornos das mulheres brasileiras, isso sem falar de nossa rica Amazônia, das nossas praias que mais lindas não há, das infinitas riquezas minerais, da fartura do petróleo e de tantos outros produtos disponíveis, que no frigir dos ovos, pouco tem servido para melhorar as condições reais de vida da maioria dos cidadãos, principalmente em se tratando de saúde, educação, segurança e saneamento básico.
Penso, então, no quanto fomos anestesiados pela inserção da ignorância sistêmica ao longo destes quinhentos e poucos anos, absorvendo os valores dos invasores, dogmas religiosos, assim como mais adiante absorvemos a dor e a humilhação oriundas da escravatura, criando um tipo estranho de pensar que só Freud para explicar, transformando-nos em eternos submissos dos poderes, seja lá quais forem.
E aí, não fica difícil de entender, aplaudir e votar em políticos ladrões e até condenados, crendo que é justo pelos benefícios que um dia foram oferecidos por eles, pois de pão adormecido e festas de senzala, nossas raízes foram se reforçando e desvirtuando a lógica de uma igualdade humana, bem distinta da econômica, mas que preserva um mínimo de direitos sociais.

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