quinta-feira, 14 de junho de 2018

E AÍ

E AÍ, no recolhimento deliberado em que me encontro no meu paraíso particular de Ponta de Areia, penso nos meus atuais sentimentos que rejeitam sistematicamente meu retorno às atividades na Rádio Tupinambá, casa que por alguns anos sonhei e lutei para chegar e ficar, mesmo sem saber exatamente para quê, já que não havia em meu currículo, qualquer experiência na área.
Era a mesma força estranha que por toda a minha vida havia me incentivado a novos desafios, sem muitos questionamentos, apenas um querer quase que irresponsável, uma vontade alucinante de, tão somente, lá estar.
E como o tudo mais que me prestei na vida a exercer, tudo deu certo, nada se perdeu, mesmo quando nada mais havia aparentemente sobrado, lá estava eu, de volta aos meus quereres, achando simplesmente perfeito a chance de apenas ter vivido tamanha experiência.
E como em outras tantas benditas experiências que deixo ou sou deixada, lanço em meu rosto lágrimas de antecipada saudade que, mais que rolarem e se perderem, esbarram nos lábios, salgando-me por inteira e direcionando o meu paladar a novos e surpreendentes desafios.
Jamais saberei me sentir completa em voos solos, preciso de um bando amigo como qualquer outro pássaro, para bailar nos céus das grandes realizações

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