E AÍ, no recolhimento deliberado em que me
encontro no meu paraíso particular de Ponta de Areia, penso nos meus atuais
sentimentos que rejeitam sistematicamente meu retorno às atividades na Rádio
Tupinambá, casa que por alguns anos sonhei e lutei para chegar e ficar, mesmo
sem saber exatamente para quê, já que não havia em meu currículo, qualquer
experiência na área.
Era a mesma força
estranha que por toda a minha vida havia me incentivado a novos desafios, sem muitos
questionamentos, apenas um querer quase que irresponsável, uma vontade alucinante
de, tão somente, lá estar.
E como o
tudo mais que me prestei na vida a exercer, tudo deu certo, nada se perdeu,
mesmo quando nada mais havia aparentemente sobrado, lá estava eu, de volta aos
meus quereres, achando simplesmente perfeito a chance de apenas ter vivido
tamanha experiência.
E como em
outras tantas benditas experiências que deixo ou sou deixada, lanço em meu
rosto lágrimas de antecipada saudade que, mais que rolarem e se perderem,
esbarram nos lábios, salgando-me por inteira e direcionando o meu paladar a
novos e surpreendentes desafios.
Jamais saberei me sentir completa em voos solos,
preciso de um bando amigo como qualquer outro pássaro, para bailar nos céus das
grandes realizações
Nenhum comentário:
Postar um comentário