sexta-feira, 8 de junho de 2018

QUE HORROR!



Que prazer é este que o ser humano tem em ver o outro se dar mal, principalmente se, por algum fator, favoreceu a vida deste alguém, mesmo que seja em menor proporção que a de si próprio.
Que coisa horrorosa de se constatar em um local pequeno como o nosso, onde deveríamos torcer pelo sucesso uns dos outros.
Inveja reprimida, oriunda de um profundo e constante sentimento de inferioridade que é autoalimentada com a derrocada dos demais.
Por diversas vezes, externei minha tristeza por cada prisão, escândalos, exposições abusivas que atingiram muitas de nossas autoridades públicas e privadas, lamentando a ganância que se apoderou de cada um deles, tirando de nós o respeito necessário à figura pública.
Isto não significa que sou a favor da impunidade, muito pelo contrário, apenas não fico feliz e não faço desta situação do antes e do depois, uma alegria pessoal, passando por cima como um trator desgovernado de cada um deles, como se eu fosse o pilar de tudo que é certo.
Lamento a vinda da Polícia Federal em nossa Ilha, mesmo reconhecendo que há muito já deveria ter vindo para cercear a malversação pública que cada um de nós conhece o endereço, mas fazer disso uma cena mambembe de gozo pessoal, aí, pelo amor de Deus...
Falo isto, porque 9 em cada 10 pessoas, estariam propícias a se deixar levar pela ganância e pela vaidade, enredando-se nas mesmas teias da corrupção que há muito tornou-se rotineira em nosso país, transformando em babacas de plantão a minoria, que por medo ou princípios pessoais, a ela não se insere.
Oi, vamos com calma, antes de condenar um outro alguém, sem antes nos colocarmos no lugar dele, refletindo se não teríamos feito o mesmo se no lugar dele estivéssemos.
Que pague cada qual o seu próprio pecado sem que adicionemos a ele a nossa satisfação em vê-lo em desgraça.
Até porque, sempre há algo bom para recordar deste alguém, tornando-o apenas mais um infeliz que não soube conter-se diante deste sistema maldito que nós mesmos criamos e alimentamos a cada dia de nossas vidas, nem que seja na omissão.

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