sábado, 16 de junho de 2018

QUE SE DANE O SISTEMA



Então, neste amanhecer de sábado junino e com a copa rolando na Rússia, na véspera do primeiro jogo do Brasil, euzinha, aqui na nossa querida Itaparica, escrevo sobre o que penso ser relevante, já que para torcer pelo Brasil, já existe muita gente.
Penso no quanto nos deixamos seduzir pelos ouros de tolos que nos encantam por momentos específicos e nos flagelam na maior parte do tempo, transformando-nos no povo mais alegre e dançante do planeta, mas também, num país cujo povo é o maior inimigo de si mesmo.
Também penso que não é nada fácil escapulir desta constante armadilha de um sistema malvado que nos domina, mas é possível, afinal, muitos como eu conseguiram separar os joios dos trigos, e os joios, são as alucinantes induções que tiram do cidadão brasileiro o senso primário de bem comum, levando-o a acreditar que dançar ao som de um trio elétrico, torcer por uma seleção ou qualquer coisa que o valha faz dele um cidadão participativo.
Tudo isso é bom, não restam dúvidas, mas viver apenas estes momentos como fuga de um dia a dia massacrante é no mínimo alienação.
Precisamos, enquanto povo, aprender a rebolar nossos quadris e gritar, fazendo de nossas gargantas entusiasmadas, brados de exigências que possam num futuro, que precisa ser agora, nos transformar num país mais decente e condizente com as riquezas que o solidificam.
Manter um só político em suas cadeiras governamentais que esteja inserido neste simbiótico ciclo do toma lá dá cá é no mínimo falta de respeito próprio.
Se vai melhorar, eis a questão, afinal, precisaremos dar continuidade as nossas atitudes, num bater de resistência, nunca antes vivenciado.
Porque, no dia em que escolhermos um candidato pelo seu histórico e pela sua competência comprovada, deixando de lado as paixões partidárias, provavelmente, nossas chances de acertar se tornarão palpáveis. Precisamos moldar este maldito sistema ao bem-estar do povo, porque por enquanto, só é atendido os bem-estares dos políticos e de seus abonados.

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