Então, neste
amanhecer de sábado junino e com a copa rolando na Rússia, na véspera do
primeiro jogo do Brasil, euzinha, aqui na nossa querida Itaparica, escrevo
sobre o que penso ser relevante, já que para torcer pelo Brasil, já existe
muita gente.
Penso no
quanto nos deixamos seduzir pelos ouros de tolos que nos encantam por momentos
específicos e nos flagelam na maior parte do tempo, transformando-nos no povo
mais alegre e dançante do planeta, mas também, num país cujo povo é o maior
inimigo de si mesmo.
Também penso
que não é nada fácil escapulir desta constante armadilha de um sistema malvado
que nos domina, mas é possível, afinal, muitos como eu conseguiram separar os
joios dos trigos, e os joios, são as alucinantes induções que tiram do cidadão
brasileiro o senso primário de bem comum, levando-o a acreditar que dançar ao
som de um trio elétrico, torcer por uma seleção ou qualquer coisa que o valha
faz dele um cidadão participativo.
Tudo isso é
bom, não restam dúvidas, mas viver apenas estes momentos como fuga de um dia a
dia massacrante é no mínimo alienação.
Precisamos,
enquanto povo, aprender a rebolar nossos quadris e gritar, fazendo de nossas
gargantas entusiasmadas, brados de exigências que possam num futuro, que
precisa ser agora, nos transformar num país mais decente e condizente com as
riquezas que o solidificam.
Manter um só
político em suas cadeiras governamentais que esteja inserido neste simbiótico
ciclo do toma lá dá cá é no mínimo falta de respeito próprio.
Se vai
melhorar, eis a questão, afinal, precisaremos dar continuidade as nossas
atitudes, num bater de resistência, nunca antes vivenciado.
Porque, no
dia em que escolhermos um candidato pelo seu histórico e pela sua competência
comprovada, deixando de lado as paixões partidárias, provavelmente, nossas
chances de acertar se tornarão palpáveis. Precisamos moldar este maldito
sistema ao bem-estar do povo, porque por enquanto, só é atendido os bem-estares
dos políticos e de seus abonados.
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