Sozinha em
meu cantinho encantado e tendo diante de mim a tela do computador, ainda tenho
a opção de olhar à minha direita e ver descortinar-se o verde bendito de meu
jardim, fonte inesgotável de inspiração.
Quem me lê
sobre ele, pode até imaginar tratar-se de um chiquetoso recanto produzido pelas
mãos de um ilustre paisagista, mas na realidade, ele é resultado de uma
natureza rústica, diversa, quase selvagem, mas de uma singeleza absolutamente
envolvente, fazendo com que os pássaros dele façam o seu mais constante reduto
em busca das frutas e das seivas que os alimentam.
E é nesta
paz de diferentes tons e aromas que também eu encontro a sensibilidade para
fazer de cada brisa, que faz balançar os galhos, impulso bendito para manter desperto
em mim o gozo também constante de me sentir existindo, numa gratidão silenciosa,
mas suficientemente forte para me manter unida à emoção da alegria, fonte de
equilíbrio que me abastece da razão absoluta de me sentir amada pela vida.
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