Nesta terça-feira chuvosa e fria, contrariando as previsões referentes ao mês de novembro, acordei pensando na primavera esquisita que o desmando humano tem provocado nas estações, onde a confusão se faz presente e a tenaz inconsciência também.
E aí, paro um instante e me concentro na arruaça dos pássaros que, basta uma rápida estiagem, para saírem de seus refúgios para baterem asas e cantarem para o meu encanto matinal, não me deixando esquecer que é primavera e que existe muito amor em mim.
Pensando no amor e na primavera, desperta em mim a
gratidão
pela vida e pelo tudo de bom que me abastece de sorrisos e serenidade e, neste fluxo que mais parece uma cascata de mel, deixo desfilar em minha mente, toda a generosidade trazida pelas mãos e intenções que delicadamente, foi capinando os terrenos pelos quais, precisei caminhar.
Então, sorrio e mesmo não tendo um espelho diante de mim, sinto que meus olhos brilham e meu sorriso resplandece num adorno sereno de paz.
Quantas bênçãos recebidas, não de um Deus invisível, mas palpável que se faz incorporado em preciosas criaturas que chegam, ficam ou se vão, mas sempre deixando seus legados de amor a mim.
Chamo-os de primaveras Humanas que continuamente florescem, agregando-me valores e sentimentos e mantendo-me permanentemente, abastecida da bendita consciência metafísica, que só depende mim para evoluir.
Louvada seja a vida que me permite vivenciar, uma sempre primavera...
É PRIMAVERA... TE AMO
Este texto dedico aos meus mais preciosos pássaros que travestidos de humanos, cantaram, cantam e me encantam todos os dias com suas existências se refletindo em mim.
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