Isenção não
é para qualquer um, afinal, o preço é alto a ser pago quando insistimos em só
nos ater aos fatos e nada mais.
Não há complacência,
nem piedade da maioria, se não tendermos o pêndulo de nossas avaliações a um só
lado, independentemente da lógica gritante da razão dos fatos, que muitas vezes
cruéis, se fazem marcantes onde quer que estejam.
Fui à
reunião do ex-prefeito de Itaparica, confesso, ainda esperançosa de que de uma
forma inédita, o mesmo dispunha-se a ser um aliado no enfrentamento do atavismo
administrativo.
Qual nada...
estamos sós, como sempre, e continuando na dependência das benécias, boa
vontade e generosidade dos governos estadual e federal, além da nunca existente
atenção de deputados e congressistas, reforçando a tese de que Itaparica é
incapaz de mudar por si só sua realidade; esta conscientização, com certeza,
não é só minha.
Saí
frustrada e convicta de que não viverei para ver minha Itaparica verdadeiramente
amada, cuidada e respeitada como merece, a não ser que o inédito floresça.
Quem sabe um
dia, este povo guerreiro que ora já começou a despertar, deixe aflorar sua
força como no passado, não levantando foices e nem cansanções no afastamento do
inimigo, mas empunhando a determinação e a razão límpida de seu próprio poder
de cidadão, com o reconhecimento do quanto foi usado, magoado e inúmeras vezes traído,
podendo assim, comemorar a sua real liberdade.
Até que isto
venha a acontecer, rogo a Deus que a cada dia, este povo simples, bonito e
acolhedor, acorde mais um pouco do sono da submissão, curando-se da dor do
engano e da mágoa das seguidas traições, avaliando cada conquista, assim como
cobrando cada direito que lhe pertence, não aceitando a sempre limitada ração
de alpiste da sobra dos esfomeados carcarás.
Quem sabe,
eu viva para ver! ...
Afinal, nos
tempos atuais, tudo tem andado tão rápido, não é mesmo?
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