terça-feira, 24 de julho de 2018
INTERPRETANDO
Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Ou seja: desenvolver um bom trabalho pelo qual foi designado em determinada área de atuação, não exime ninguém, muito menos um gestor público, de receber cobranças em outras áreas menos atendidas, pois, para tanto, o mesmo se cerca de possibilidades gerenciais.
Ainda me lembro, e não faz muito tempo, que particularmente fiz exaltação aos trabalhos de restauração da educação em nosso município, assim como louvava os esforços desenvolvidos pela equipe da saúde no atendimento à população, além de recriarem programas como o CASI e o CAPS, sob nova roupagem e humanização que, de tão eficientes, serviu de referência à atual gestão.
No entanto, jamais deixei de cobrar e mesmo criticar outras secretarias que deixavam a desejar ao longo dos anos, recebendo do gestor de então, o respeito ao meu trabalho e direito de cidadã de não aceitar um serviço aquém das reais possibilidades de serem executadas.
O que acontece é, tão somente, a exacerbação emocional e partidária de ambas as partes, matando assim, qualquer dialogo coerente e participativo, onde as necessidades não se encontram com os propósitos.
Bom seria se existisse o entendimento de que todo cidadão deve ser um respeitoso agente participativo e que funcionário público existe para atender as demandas da população, e entre elas, talvez, a mais importante, seja exatamente saber ouvir, ponderando e sabendo filtrar as boas ideias. Sabedoria dos fortes e genuinamente capazes que vai se extinguindo na medida em que a arrogância inconsequente, filha do medo e da vaidade, se faz presente.
Que pena...
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