Estamos
vivenciando uma inversão tamanha de valores, e não é de hoje, afinal,
particularmente comecei a me dar conta, lá bem atrás, na década de oitenta se
não me falha a memória, e de lá para cá, a coisa se acelerou tanto, que pouco
tempo tive para assimilar cada mudança no ser, no pensar e no agir das pessoas.
Como uma
mula, estanquei em forma de resistência e fui dando passos lentos e prudentes,
mas isto não impediu que eu sofresse as intempéries, levando-me em alguns
momentos a pensar que curvaria os joelhos e cairia por terra, vencida pelos
novos valores com os quais, não só me eram estranhos, como ao conhece-los,
rejeitei a maioria.
Lá se vão
mais de quarenta anos de corrida louca adaptativa com o apenas consolo de não
me sentir solitária, já que comigo existe um batalhão de outras tantas que como
eu, vai levando sem, no entanto, compreender a perda absurda do belo, do
límpido e do verdadeiro.
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