Enquanto fui crescendo, lembro-me de ter ouvido minha mãe dizer a mim e a meu irmão um cem número de vezes que a vida é feita de opções e que dentre elas haveria sempre uma que seria prioritária e que seria justo, ser ou não feliz.
Em todas as ocasiões em que por algum motivo nós nos lamentávamos, lá vinha dona Hilda com a mesma cantilena.
Aos poucos, de acordo com o desenvolver de nossos entendimentos, ela foi oferecendo exemplos afim de que pudéssemos melhor assimilar as posturas que deveríamos ter em relação a tudo que nas épocas que se sucederam, fizeram parte de nossos universos cotidianos.
Grande Dona Hilda em sua simplicidade de mulher, dona de casa, filha de imigrantes portugueses, linda como ela só ,inteligente e sábia, de temperamento alegre, possuidora de um belíssimo sorriso, sempre, em casa ou na rua, ostentando a postura de grande dama , com quem eu aprendi acima de tudo a enxergar o belo e o melhor em tudo que o ato de viver me proporcionou, jamais esquecendo que me manter otimista, dava-me menos aborrecimentos e preservava a saúde.
Ao longo da vida, fui aplicando na prática os seus ensinamentos e não é que ela tinha razão?!
Claro que não me livrou de baitas problemas e tão pouco me isentou de derramar lágrimas, absolutamente pontuais por todas as agruras que minhas escolhas errôneas me trouxeram, mas confesso que todas elas foram como chuvas de verão, servindo tão somente para refrescar o solo de minha alma, temporariamente ressequida.
Nossa!
Quase que faço poesia...
Hoje, olhando para traz em uma espécie de retrospectiva, mais que concordar com Dona Hilda agradeço e recomendo esta prática bendita que fez com que eu atravessasse toda a minha vida, jamais me lamentando pelo perdido ou não conseguido, mas abraçando apaixonadamente tudo quanto me foi possível usufruir, extraindo apenas o doce e o suave, mastigando, mas nunca engolindo, preferindo cuspir fora o amargo e o grotesco, acima de tudo, preservando a certeza absoluta que viver saudavelmente é tão somente de minha competência, cabendo a responsabilidade da qualidade de meus instantes presentes, somente a mim e a mais ninguém, nem mesmo a Deus, pois afinal, deu-nos o livre arbítrio.
Pelo menos é o que dizem. Não é mesmo?
Por que estou escrevendo sobre isso?
Sei lá...Talvez porque eu esteja muito magoada e este seja justamente um dos métodos que encontrei para não me deixar abater e ser dominada pela raiva ou frustração que no meu entender, faz brotar o câncer, a gastrite e todas as mazelas que este corpo apenas humano e temporal possa somatizar.
Prefiro sem dúvidas continuar a ser exatamente como sou, ou seja:
Uma criatura que sorri por quase tudo e chora pelo aparente nada, mas que ama como ninguém este viver às vezes, safado e traiçoeiro que insiste como o Diabo em me querer, fazer infeliz.
Bom dia!!!!!!!
Em todas as ocasiões em que por algum motivo nós nos lamentávamos, lá vinha dona Hilda com a mesma cantilena.
Aos poucos, de acordo com o desenvolver de nossos entendimentos, ela foi oferecendo exemplos afim de que pudéssemos melhor assimilar as posturas que deveríamos ter em relação a tudo que nas épocas que se sucederam, fizeram parte de nossos universos cotidianos.
Grande Dona Hilda em sua simplicidade de mulher, dona de casa, filha de imigrantes portugueses, linda como ela só ,inteligente e sábia, de temperamento alegre, possuidora de um belíssimo sorriso, sempre, em casa ou na rua, ostentando a postura de grande dama , com quem eu aprendi acima de tudo a enxergar o belo e o melhor em tudo que o ato de viver me proporcionou, jamais esquecendo que me manter otimista, dava-me menos aborrecimentos e preservava a saúde.
Ao longo da vida, fui aplicando na prática os seus ensinamentos e não é que ela tinha razão?!
Claro que não me livrou de baitas problemas e tão pouco me isentou de derramar lágrimas, absolutamente pontuais por todas as agruras que minhas escolhas errôneas me trouxeram, mas confesso que todas elas foram como chuvas de verão, servindo tão somente para refrescar o solo de minha alma, temporariamente ressequida.
Nossa!
Quase que faço poesia...
Hoje, olhando para traz em uma espécie de retrospectiva, mais que concordar com Dona Hilda agradeço e recomendo esta prática bendita que fez com que eu atravessasse toda a minha vida, jamais me lamentando pelo perdido ou não conseguido, mas abraçando apaixonadamente tudo quanto me foi possível usufruir, extraindo apenas o doce e o suave, mastigando, mas nunca engolindo, preferindo cuspir fora o amargo e o grotesco, acima de tudo, preservando a certeza absoluta que viver saudavelmente é tão somente de minha competência, cabendo a responsabilidade da qualidade de meus instantes presentes, somente a mim e a mais ninguém, nem mesmo a Deus, pois afinal, deu-nos o livre arbítrio.
Pelo menos é o que dizem. Não é mesmo?
Por que estou escrevendo sobre isso?
Sei lá...Talvez porque eu esteja muito magoada e este seja justamente um dos métodos que encontrei para não me deixar abater e ser dominada pela raiva ou frustração que no meu entender, faz brotar o câncer, a gastrite e todas as mazelas que este corpo apenas humano e temporal possa somatizar.
Prefiro sem dúvidas continuar a ser exatamente como sou, ou seja:
Uma criatura que sorri por quase tudo e chora pelo aparente nada, mas que ama como ninguém este viver às vezes, safado e traiçoeiro que insiste como o Diabo em me querer, fazer infeliz.
Bom dia!!!!!!!
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