Ao contrário do que ocorreu em praticamente todos os amanheceres de minha existência de escrevinhadora do universo, hoje foi diferente, pois não senti os aromas de minhas frutas, não ouvi meus passarinhos chegando para suas festas matinais e tão pouco pude enxergar, ouvindo ao mesmo tempo, o farfalhar dos coqueiros e dos galhos fartos de minhas árvores frutíferas. Não alimentei meu peixe, não dei bom dia aos meus cães e não coei o café.
Não esquentei o pão, não tomei café com o meu velho e tudo que estou sentindo é um enorme vazio de saudades.
Tomar decisões é sempre muito complicado quando os sentimentos amorosos estão envolvidos, mas o espírito de sobrevivência pessoal insiste em gritar muito alto, como uma voz interior ensurdecedora que me empurra ladeira abaixo, talvez para que de verdade eu possa vir a conhecer o fundo do poço.
Alimento-me, então, da ilusão esperançosa de quando lá chegar, ainda encontrar forças para emergir, mais forte e menos doída.
Será?
Enquanto penso no que não fiz, olho-me no espelho tentando encontrar aquela mesma criatura de sempre.
- Aonde você foi parar dona Regina?
Pergunto a mim mesma, eu sei, mas na realidade sem me reconhecer e aí, neste exato momento, percebo que de verdade, aqui se encontra um novo alguém, ainda desconhecido, meio sem lugar, assim sem jeito, tentando se ajustar.
Chego mais perto do espelho, quero perceber detalhes ou simplesmente busco encontrar pelo menos um fragmento da velha e tão conhecida Regina?
Penso, neste instante de buscas, que de tão acostumada eu estou em ser o que eu pensava ser eu que, além de não me reconhecer como realmente sou, ainda me cego, me confundo e me saboto na tentativa meio louca de permanecer no comodismo de não querer aceitar que mudei e que finalmente terei que admitir que fui capaz de extrair, mesmo a duras penas, o meu original guardado, rasgando a cópia velha e amarelada que se passava por mim.
Tudo está tão diferente que precisarei de um tempo, só de um tempinho, para finalmente me aceitar exatamente como sou, e sendo o que descobri que sou, nada mais posso querer, além de voltar a receber os meus pássaros a cada manhã, sem o constrangimento de não saber exatamente quem sou.
Agora, com o rosto e o corpo tão próximos do espelho, abraço apertado esta velha e linda senhora que brotou de mim e me faz sorrir.
Bom Dia à todos.
Não esquentei o pão, não tomei café com o meu velho e tudo que estou sentindo é um enorme vazio de saudades.
Tomar decisões é sempre muito complicado quando os sentimentos amorosos estão envolvidos, mas o espírito de sobrevivência pessoal insiste em gritar muito alto, como uma voz interior ensurdecedora que me empurra ladeira abaixo, talvez para que de verdade eu possa vir a conhecer o fundo do poço.
Alimento-me, então, da ilusão esperançosa de quando lá chegar, ainda encontrar forças para emergir, mais forte e menos doída.
Será?
Enquanto penso no que não fiz, olho-me no espelho tentando encontrar aquela mesma criatura de sempre.
- Aonde você foi parar dona Regina?
Pergunto a mim mesma, eu sei, mas na realidade sem me reconhecer e aí, neste exato momento, percebo que de verdade, aqui se encontra um novo alguém, ainda desconhecido, meio sem lugar, assim sem jeito, tentando se ajustar.
Chego mais perto do espelho, quero perceber detalhes ou simplesmente busco encontrar pelo menos um fragmento da velha e tão conhecida Regina?
Penso, neste instante de buscas, que de tão acostumada eu estou em ser o que eu pensava ser eu que, além de não me reconhecer como realmente sou, ainda me cego, me confundo e me saboto na tentativa meio louca de permanecer no comodismo de não querer aceitar que mudei e que finalmente terei que admitir que fui capaz de extrair, mesmo a duras penas, o meu original guardado, rasgando a cópia velha e amarelada que se passava por mim.
Tudo está tão diferente que precisarei de um tempo, só de um tempinho, para finalmente me aceitar exatamente como sou, e sendo o que descobri que sou, nada mais posso querer, além de voltar a receber os meus pássaros a cada manhã, sem o constrangimento de não saber exatamente quem sou.
Agora, com o rosto e o corpo tão próximos do espelho, abraço apertado esta velha e linda senhora que brotou de mim e me faz sorrir.
Bom Dia à todos.
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